O 5G é uma rede que promete ser até 100 vezes mais rápida do que o 4G, sendo uma das principais vantagens que a nova tecnologia trará para os consumidores. Se ter uma internet mais veloz do que a rede atual já é algo que o Brasil inteiro, assim como outros países esperam, imagine uma rede que pode ultrapassar a velocidade oferecida pelo 5G.
Foi o que cientistas no Japão, do Instituto de Pesquisa de Redes do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações (NICT) fizeram. Eles desenvolveram uma rede quase cem mil vezes mais rápida que o 5G, onde conseguiram quebrar o recorde mundial com uma transmissão de dados a uma velocidade de 1,02 petabit (PB) — 125 mil Gigabytes (GB) — por segundo.
De acordo com os cientistas, o sinal da rede foi capaz de alcançar uma distância de cerca de 51,7 km. “Um grande passo para a realização de links ópticos com taxa de transferência ultra-alta”, segundo a NICT. O projeto foi realizado através da utilização de fibras ópticas com 0,125 mm de diâmetro.
“Essas fibras podem multiplicar a capacidade de transmissão, mas ainda são compatíveis com os processos de fabricação existentes e surgiram como um provável candidato para a adoção comercial de curto prazo dessa tecnologia de comunicação transformadora”, disse o NICT em seu comunicado oficial.
Em dezembro de 2020, a instituição conseguiu desenvolver uma rede que era capaz de alcançar a marca de 1 petabit (PB) por segundo, por meio de dispositivos não padronizados. No entanto, não foi possível fazer a implantação em larga escala por causa do processamento de sinal. Ou seja, essa é a segunda vez que a instituição consegue quebrar um recorde de transmissão de dados.
Embora os cientistas não tenham dado detalhes sobre a possível aplicação em massa da tecnologia, o site de notícias NextShark afirma que a velocidade de transmissão é capaz de suportar uma transmissão de 10 milhões de vídeos separados em 8K, de forma simultânea.
Com o avanço tecnológico, chegará o tempo em que os requisitos de conectividade deverão ser maiores para suportar veículos autônomos, robótica avançada, metaverso e a Internet das Coisas. Dessa forma, o 5G não será suficiente para suportar esse avanço.
Essas tecnologias emergentes exigirão cada vez mais taxa de dados, com maior velocidade, maior cobertura e suporte de trilhões de equipamentos através de terminais mais robustos.
As empresas também já estão pensando no futuro e planejando a transição para o 6G, embora o 5G não esteja totalmente em funcionamento. No entanto, é esperado que a sexta geração de internet móvel esteja disponível até 2030.