22/11/2024

EllaLink quer expandir cabo submarino de fibra óptica para outros estados do Brasil

Country Manager da empresa, Rafael Lozano, diz que pretende estender os serviços/construir uma estação para atender o eixo Rio-São Paulo.

A EllaLink, dona do único cabo submarino de fibra óptica que liga a América Latina a Europa, pretende expandir seus serviços e marcar presença em mais estados brasileiro e na Guiana Francesa. Quem fez a revelação foi o Country Manager da empresa, Rafael Lozano.

“Já temos projeto desenhado e pronto para acolher os serviços até a Guiana Francesa, e ampliar a conectividade até alguma cidade do norte ou nordeste do Brasil, possivelmente Belém, Macapá ou São Luís”, fala o executivo em conversa com o portal Tele.Síntese.

Lozano afirma que a empresa pretende estender os serviços ou construir uma estação para atender o eixo Rio – São Paulo, além de estar analisando como conectar cidades como Recife ou Salvador. Ele explica que não há uma data prevista para que todo o projeto seja realizado.

“Não temos um calendário para isso. Vai acontecer conforme o apetite, conforme formos monetizando o caminho principal.”

O cabo da EllaLink possui 6 quilômetros de extensão e está ancorado na cidade de Sines, em Portugal, e em Fortaleza, no Brasil. Em operação desde junho de 2021, tem capacidade de 100 terabits por segundo, além de ser a primeira rota de conexão direta de alta capacidade ligando o país ao velho continente sem passagem pelos Estados Unidos.

Em abril deste ano, a empresa firmou uma parceria com a Globenet, onde os clientes podem usar o cabo da EllaLink para acessar o ecossistema de provedores de conteúdo de serviço e ponto de troca de tráfego (IXs) na Europa. O mesmo vale para as empresas europeias que podem usar o cabo para acessar a rede da Globenet.

A empresa também pretende ampliar a relação com outras companhias. “Estamos trabalhando em algumas parcerias, mas não podemos falar ainda. O que acontece é que muitos clientes já são, por si só, grandes consumidores de capacidade. Por conta disso, já têm serviços de outras operadoras de cabos submarinos. Nós viemos para complementar esses serviços, oferecendo algo que não existia no mercado: a rota direta”, fala Lozano.

“Reduzimos 50% da latência entre dois continentes para clientes que hoje usam a rota do Atlântico Norte ou do Atlântico Sul com a latência maior. Obviamente temos clientes que não possuem serviços na América Latina ou na Europa, e nos pedem serviços complementares em nossa rota, o que se tornam parcerias que costumam gerar negócios”, continua.

Além disso, a EllaLink também avalia fazer associação com grandes data center, pois segundo o executivo, já estão em processo de conversa com as maiores, como a Ascenty e Scala, para estender a redes aos data center dele. No entanto, isso dependerá da demanda do cliente.

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