O setor de telecomunicações entra em
2012 com os principais players consolidados e uma grande faixa do espectro já
ocupada. Apesar desse cenário, o leilão da faixa de 2,5Ghz – o chamado 4G –
não é apontado pelas empresas como prioridade.
Nenhuma das empresas de telecomunicação afirmou que não pretende
concorrer ao leilão, porém alguns são mais ressabidos. A Telefônica Brasil,
a Oi e a TIM têm apresentado mais ressalvas quanto ao leilão e afirmam que só
definem a participação do processo de compra após a divulgação do edital.
A Claro, a GVT e a Nextel já afirmaram que têm um forte interesse na faixa.
Para o presidente do instituto Teleco, Eduardo Tude, não há um
desinteresse no 4G, mas sim um interesse a longo prazo. “As empresas estão
tentando fazer funcionar o modelo 3G, ainda não amadurecimento de
infraestrutura ou comercial para uma entrada forte no 4G”, aponta.
O analista de investimentos do Banif, Alexandre Pardellas, as empresas de
qualquer forma vão participar do 4G. “Com a escassez de espectro, a faixa do
700Mhz é importante para garantir posição no mercado”, afirma o
especialista. “O principal lobby das operadoras, no entanto, será para
diminuir as obrigações vinculadas à compra das licenças, podendo adiar um
investimento mais pesado em 4G”.