A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou na última terça-feira, 21, uma resolução que autoriza o reajuste nas tarifas adicionais cobradas sobre a conta de luz dos brasileiros em situações excepcionais, como escassez hídrica e momentos em que o órgão precisa ativar as usinas termelétricas, unidades que geram eletricidade a partir da queima de combustíveis com custo elevado.
De acordo com o Conselho Diretor, a mudança nos preços entrarão em vigor a partir da próxima sexta-feira (24) com o anúncio da bandeira tarifária referente ao mês de julho, isto se a bandeira verde — vigente desde maio deste ano — for substituída por outro indicador de situação com cobrança adicional.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a expectativa é de que a bandeira verde atue até dezembro de 2022, no entanto, outras modalidades podem ser invocadas pelo governo em caso de crise no abastecimento elétrico.
Novos valores
Em média, o aumento imposto pelo órgão estatal foi de 60% para as bandeiras amarela e vermelha patamar 1, enquanto o patamar 2 apresentou um ligeiro aumento inferior a 4% — modalidade cujo preço beira os R$ 10.
Preço anterior | Preço atual | Reajuste | ||
Bandeira verde | R$ 0 | R$ 0 | 0% | |
Bandeira amarela | R$ 1,874 | R$ 2,989 | +59,5% | |
Bandeira vermelha (P1) | R$ 3,971 | R$ 6,500 | +63,7% | |
Bandeira vermelha (P2) | R$ 9,492 | R$ 9,795 | +3,2% |
Como as bandeiras são definidas?
Conforme explica a Aneel, “o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica.”.
Para o órgão, as bandeiras dão “transparência ao custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente. Antes, ele não sabia que a energia estava mais cara.”, complementando com “Agora ele sabe e pode se programar. Se a bandeira está vermelha, ele sabe que é conveniente economizar, ter um consumo mais consciente e evitar o desperdício de água e energia”.