A Netflix se consolidou no mercado de filmes e séries por oferecer uma proposta revolucionária substituindo as tradicionais locadoras, estabelecimentos populares até a década de 90, mas que caíram em desuso pelos clientes — mantendo apenas uma base fiel de seguidores — com a crescente e rápida evolução das plataformas on demand em todo o mundo, principalmente na América do Norte e Europa.
Embora tenha atingido seu ápice de assinantes e número de visualizações há alguns anos, a empresa vem sofrendo para continuar apresentando resultados positivos aos acionistas após a grande perda de assinantes este ano, totalizando 200 mil assinaturas canceladas e redução de US$ 109 milhões se comparado com o mesmo período de 2021.
Apesar da Netflix não comentar publicamente sobre os porquês dos consumidores estarem deixando o serviço, especulações reforçam a ideia de que o prejuízo da companhia esteja relacionado com o surgimento de fortes concorrentes — como Disney Plus, Prime Video e HBO Max, por exemplo — e pouca atração por produções originais.
Corte de custos pela Netflix
Tentando compensar a queda na receita, a Netflix demitiu na última quinta-feira (23), trezentos funcionários nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Ásia e América Latina, regiões que desde janeiro registraram 450 demissões pelo serviço de streaming.
Conforme afirmaram os executivos da empresa, o corte de pessoal poderia ter sido evitado se a Netflix tivesse previsto a baixa no número de clientes, algo que não aconteceu a tempo de evitar as demissões.
“Lamentamos não ter visto a nossa desaceleração antes, poderíamos ter assegurado um reajuste mais gradual do negócio…”, disseram os executivos. De acordo com estimativas do serviço, 2023 pode ser um ano promissor com a retomada nas contratações, mas sem antecipar detalhes.
Outras demissões
Além da Netflix, a Shopee também demitiu nesta semana em torno de 50 funcionários brasileiros, porém a gigante do e-commerce afirma se tratar de um “movimento comum para rotatividade do setor” descartando crises financeiras.