Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou os preços de referências para o roaming entre as operadoras móveis, cuja decisão foi celebrada pela Abratual, associação que representa as MVNOs (operadoras móveis virtuais).
Olinto Sant’Anna, presidente da Abratual, afirma que compreendeu que a agência pretende atuar com celeridade e a favor da competição no atendimento às contrapartidas que foram estabelecidas para a venda da Oi móvel, incluindo a definição em rede de preços de referência de tráfego móvel no atacado para as operadoras virtuais.
Com isso, será possível ter um norte sobre os contratos entre as operadoras tradicionais e as MVNOs. Em entrevista dada ao mobile Time, ele afirmou que
“Em roaming estamos tratando de um volume muito pequeno e caro de ser administrado, porque requer faturar cliente a cliente, minuto a minuto, CDR a CDR, com encontro de contas etc. O custo de gestão do tráfego de roaming é algumas vezes maior que o custo de gestão do tráfego de MVNOs, que é verdadeiramente de atacado, o que simplifica dramaticamente os custos da operadora”.
Olinto Sant’Anna espera que os preços de referência no atacado para as operadoras virtuais que serão definidas pela Anatel atendam a tese da Abratual e ter um desconto em relação ao preço de varejo que as operadoras praticavam antes de comprarem a unidade móvel da Oi, assim como antes dos aumentos que vierem depois. O executivo acredita que em questão de semanas, a matéria será encaminhada para deliberação do conselho da agência.
Entretanto, de acordo com o portal Teletime, esse caso não precisa ser necessariamente enviado para o conselho da agência, uma vez que se trata de uma prerrogativa da área técnica, mas o voto do conselheiro Moises Moreira, que relatou o tabelamento nos preços das ofertas de roaming, disse que a Anatel seguirá o mesmo caminho no caos das ofertas de atacado para as MVNOs.