Nesta sexta-feira (08), o bilionário Elon Musk anunciou que está cancelado o acordo de US$ 44 bilhões realizado para a aquisição do Twitter. Segundo ele, a rede social ignorou e violou diversas cláusulas da operação. No entanto, há impasse nos negócios, uma vez que Bret Taylor, presidente do conselho de administração, afirmou que irá à justiça para assegurar a conclusão da transação.
“O conselho do Twitter está comprometido em obter a conclusão da transação no preço e termos negociados com Musk”, disse Taylor.
Por meio de comunicado, os advogados de Elon Musk afirmaram que o Twitter “ignorou múltiplos pedidos de entrega de informação e algumas vezes os rejeitou por razões que não parecem justificadas“. As informações requeridas eram sobre contas falsas ou de spam na plataforma.
O comunicado também afirma que o Twitter está ciente de estar violando o acordo desde 6 de junho. “O acordo [de venda do Twitter para grupo liderado por Musk] parece ter representações materialmente imprecisas“, afirmaram os advogados.
Entre os argumentos de desistência do negócio está a demissão de executivos de alto escalão e de um terço da equipe de aquisição de talentos pela rede social, o que foi considerado uma violação da cláusula de acordo que determina que a empresa tinha que “preservar substancialmente intactos os componentes materiais de sua atual organização”.
A desistência de Elon Musk é mais um capítulo dessa história, onde ele tem cobrado da rede social provas relacionadas às contas falsas e de spam que devem representar menos de 5% do total de usuários, como foi afirmado por Parag Agrawai, atual presidente-executivo da empresa.
Segundo os termos do negócio, pela desistência, o bilionário terá que desembolsar US$ 1 bilhão de taxa de cancelamento, caso a operação não seja concluída por causa de problemas como assegurar financiamento para o preço acordado ou impedimento da transação por reguladores. No entanto, a clausura não se aplicaria à desistência de Elon Musk por conta própria.
Segundo Daniel Ives, analista da Wedbush, a decisão do executivo é um desastre para a rede social e seu conselho de administração, que agora enfrentará o bilionário em um longa batalha judicial para recuperar o negócio ou, no mínimo, obter o pagamento da taxa de cancelamento.