Se as coisas podem ficar complicadas para a TIM Brasil por causa da possível mudança no governo italiano, a situação está ficando cada vez mais complexa, uma vez que o PSC Group, empresa italiana responsável pela operação e manutenção da operadora no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial na justiça brasileira, por não conseguir honrar com a garantia dada ao Banco Santander referente na sua operação no país.
Com um faturamento de R$ 300 milhões e dívidas em torno de R$ 100 milhões, o Grupo PSC do Brasil, filial brasileira do PSC Group, tem como maiores clientes a TIM e a ENEL e trabalha com a operação e manutenção de redes elétricas e de telecomunicações.
O PSC GROUP é uma multinacional italiana do setor da construção/infraestruturas de plantas, trabalhando em colaboração com as principais empreiteiras do mercado e com clientes públicos (governamentais). Com clientes em vários continentes, a companhia também se encontra no Brasil.
Assim como a matriz, que recorreu à proteção da justiça contra credores na Itália, além de obter uma ajuda de 100 milhões de euros, a filial brasileira também está enfrentando problemas. O PSC Group está com uma dívida de 200 milhões de euros, sendo que colocou à venda a unidade brasileira responsável pela operação e manutenção da rede da TIM, a Alpitel.
A preocupação que surge é sobre o impacto que pode causar para a operação da TIM no Brasil e seus clientes. Por enquanto, ainda é muito cedo para determinar qual seria o efeito nos planos de celular da operadora no Brasil, uma vez que se trata de um quadro muito grande, envolvendo o mercado mundial, com cifras muito grandes e parcerias com governos.
Dessa forma, ainda não será possível ver reflexos nos preços ou serviços da TIM Brasil. No entanto, a operadora de telefonia pode passar por grandes transformações, afetando assim o mercado de telecomunicações no Brasil.
Por enquanto, o máximo que podemos afirmar é que a operação no Brasil tem se deparado com muitos problemas, causando receio no mercado. Com a possibilidade de venda da operação brasileira com mudança de governo na Itália, uma vez que o partido que pode assumir o governo defende a venda da TIM para suprir os problemas que o Grupo TIM tem enfrentado.
Além disso, a disputa entre a TIM, Vivo e Claro com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação ao preço de referência do roaming nacional está ameaçando a aquisição da Oi Móvel pelas três operadoras, que pode ter a operação revista pela agência.