22/11/2024

Lucro da Vivo cai em 44,6%, mas cresce no serviço móvel e fibra

Empresa divulgou os resultados referente ao 2º trimestre do ano, onde explica os motivos da queda que teve em relação ao lucro líquido.

Nesta terça-feira (26), a Vivo divulgou seus resultados financeiros e operacionais relacionados ao segundo trimestre deste ano, onde registrou um lucro líquido de R$ 746 milhões, um recuo de 44,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a operadora, essa queda é resultado do aumento das suas despesas financeiras.

Entre essas despesas estão o aumento do endividamento médio para adquirir as licenças de espectro 5G no leilão realizado em novembro de 2021, o aumento da taxa de juros no país, elevando assim o custo da dívida, assim como a correção dos contratos de leasing e pagamentos de Fistel.

Houve aumento também nos custos da operação, devido aos efeitos não-recorrentes, como reajustes de salários, o que resultou em um aumento de 20,1% no custo com pessoal. Em março de 2022, o endividamento líquido da Vivo aumentou de R$ 9 bilhões para R$ 13,22 milhões ao final de junho.

Em outros aspectos, a Vivo apresentou crescimento. O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 4,57 bilhões, um aumento de 8,3% na comparação ano a ano, enquanto que as receitas foram de R$ 11,83 bilhões, crescimento de 11,1%.

Na métrica de investimentos, houve uma alta de 14,4%, alcançando R$ 2,57 bilhões, representando 21,8% da Receita Operacional Líquida do trimestre e um aumento de 0,6 p.p na comparação anual. Entre os investimentos da Vivo estão relacionados ao reforço da rede móvel para a ativação do 5G nas capitais, incorporações dos clientes adquiridos pela Oi móvel e na expansão da rede de fibra óptica.

Rede móvel, fibra óptica e parcerias

Em seus resultados, a operadora Vivo destacou o crescimento que teve no mercado de telefonia móvel, resultado da fatia da unidade móvel da Oi, sendo que no período de abril a junho, foram adicionados à sua base móvel 13,9 milhões de clientes. Desse total, 12,6 usuários vieram da unidade móvel da Oi, e o restante de 1,3 milhões são fruto de crescimento orgânico.

A receita do serviço móvel foi de R$ 8,11 bilhões, um aumento de 16% na comparação ano a ano, sendo que esse crescimento foi influenciado tanto pelas vendas no pré-pago (14,4%), como no pós (18,3%). No segundo trimestre, a operadora terminou com 99 milhões de clientes móveis, sendo 42 milhões de humanos no pós-pago e 15 milhões no segmento M2M.

Em função dos desligamentos no cobre e TV por assinatura, a receita fixa teve um crescimento menor de 1,7%, para R$ 3,72 bilhões. No entanto, houve crescimento nas receitas com banda larga por fibra óptica (FTTH) em 23,7%, somando R$ 1,3 bilhão.

Segundo a Vivo, durante os últimos doze meses, a rede de fibra óptica chegou a mais 64 cidades, adicionando 3,7 milhões de casas passadas e 1 milhão de casas conectadas. Ao todo, foram 21 milhões de casas passadas, aumento de 22% ano a ano. E a 5 milhões de assinantes FTTH, alta de 25%

“Mesmo diante um cenário macroeconômico desafiador, com inflação ultrapassando dois dígitos, concentramos esforços para manter nossa operação eficiente e investimentos em alta. Fechamos o trimestre com a maior base de acessos da América Latina, influenciada também pela incorporação da Oi Móvel, e evoluímos em todas as linhas de receitas core, como fibra e serviços móveis e digitais, com sólida geração de caixa, refletindo nosso foco em investir nas tecnologias mais avançadas”, diz o presidente da Vivo, Christian Gebara.

A Vivo ainda destaca que as parcerias também estão indo bem. A operadora tem parceria com Netflix, Disney+, Amazon Prime Video, Spotify e Tidal para complementar as ofertas móveis e de fibra, sendo que encerrou o mês de junho deste ano responsável por 1,7 milhão de assinantes de plataformas de conteúdo, uma alta de 58% na comparação ano a ano.

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