Por meio de uma parceria entre a ONG Gerando Falcões e a TIM, a Favela Marte, localizada na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, passará a ter conexão 5G através de hubs tecnológicos. Também estão envolvidos no projeto a Motorola que irá disponibilizar os equipamentos que serão usados pelos moradores e a American Tower, que irá instalar a infraestrutura.
“A periferia, geralmente, é a última a receber a inovação e, dessa vez, queremos acelerar o processo, conectando a comunidade ao 5G e proporcionando uma série de ações e acesso a serviços digitais graças a essa tecnologia”, diz Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões.
A TIM, atualmente, está investindo forte no 5G, onde já ativou a rede em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. Com destaque para a cobertura de 100% dos bairros paulistanos com a tecnologia, diferente da Vivo e da Claro que ainda estão segmentando a cobertura em determinados bairros.
Com a ultra velocidade e baixa latência, a rede pode chegar a ser 100 vezes mais rápida que o 4G, possibilitando assim diferentes iniciativas de inclusão social e digital.
“O 5G tem um grande potencial de transformação e, por isso, trabalhamos para liderar a implementação da tecnologia no Brasil, fazendo com que ela chegue a mais pessoas rapidamente. A conexão da Favela Marte faz parte desse compromisso”, explica o CEO da TIM, Alberto Griselli.
Entretanto, não é possível desconsiderar que para ter acesso ao 5G SA é necessário ter um aparelho compatível, o que acaba sendo um dos desafios para a implementação da rede. É nesse aspecto que entra a participação da Motorola.
“A Motorola foi pioneira em trazer o 5G para o Brasil. Em apenas dois anos, 60% do nosso portfólio já é compatível com a nova tecnologia, incluindo produtos para todos os perfis de consumidor, desde produtos premium como a linha edge, até os smartphones intermediários da família moto g. E queremos ir além. Nosso objetivo é sermos peças-chave na democratização dessa tecnologia em território nacional, assim como fizemos no lançamento da rede 4G”, afirma José Cardoso, presidente da Motorola no Brasil.
A tecnologia não começará a funcionar por agora, uma vez que comece a ser operado dentro de um ano, no espectro de 3,5 GHz, pois a ativação depende da liberação da faixa para cidades com 500 mil habitantes ou mais. Durante esse tempo, a comunidade passará por um processo de urbanização, incluindo o fornecimento da infraestrutura e instalação das antenas 5G pela American Tower.
A empresa também está envolvida no projeto para criação das praças e dos espaços de formação como a doação de mobiliários e equipamentos para a montagem do laboratório digital.
“Essa é uma iniciativa que reforça o compromisso da American Tower com práticas de sustentabilidade – pilar muito importante para nossos negócios -, promovendo a inclusão e o desenvolvimento das comunidades ao possibilitar a ampliação da conectividade em lugares que viabilizam a transformação da vida das pessoas”, comenta o diretor-geral da companhia, Emerson Hugues.