Nesta sexta-feira (19), a Telefônica Brasil (Vivo) anunciou que o seu Conselho de Administração aprovou pagamento de R$ 300 milhões em juros sobre o capital próprio, relativo ao exercício social de 2022. Com retenção de imposto de renda na fonte, a alíquota de 15% resulta no montante líquido de R$ 255 milhões, com base no balanço patrimonial de 31 de julho de 2022.
Para nível de enchimento, o JCP (Juros Sobre o Capital Próprio) se trata de um tipo de provento que é distribuído aos acionistas pela empresa, como uma forma de distribuir os lucros aos seus acionistas ao longo de seu exercício.
De acordo com o documento, o valor por ação será de R$ 0,17961450011, que será pago no dia 31 de julho de 2023. Com o desconto de 15% do Imposto de Renda, o valor da ação vai para R$ 0,15267232509. A partir de 31 de agosto, o papel passará a ser negociado “ex-JCPs”.
Resultados financeiros da Vivo
No segundo trimestre deste ano, a Vivo registrou um lucro líquido de R$ 746 milhões, uma queda de 44,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando reportou lucro de R$ 1,3 bilhão.
De acordo com a operadora, esse recuo é resultado do aumento das despesas financeiras, como o investimento na infraestrutura para o 5G no país, além da compra de ativos da Oi Móvel.
Houve também aumento nos custos operacionais, devido aos efeitos não-recorrentes, como reajustes de salários, resultando em um aumento de 20,1% no custo com pessoal. Na comparação ano a ano, houve elevação de 27,3% nos custos operacionais.
Na apresentação dos resultados da operadora, o presidente da Vivo, Christian Gebara, afirmou que mesmo com o cenário atual, com inflação ultrapassando dois dígitos, a Vivo continua se esforçando para manter a operação eficiente e investimento em alta.
“[…] Fechamos o trimestre com a maior base de acessos da América Latina, influenciada também pela incorporação da Oi Móvel, e evoluímos em todas as linhas de receitas core, como fibra e serviços móveis e digitais, com sólida geração de caixa, refletindo nosso foco em investir nas tecnologias mais avançadas”.