Marcada para setembro, a posse de Francisco Valim na presidência do grupo Oi foi antecipada em um mês. Liberado da diretoria da Serasa Experian em Londres, o executivo desembarcou no Rio na segunda-feira para começar a trabalhar na preparação da empresa para avançar no mercado de TV por assinatura. A Oi espera ser beneficiada por um projeto de lei em trâmite no Senado que autoriza operadoras de telefonia a atuar no segmento, que deverá ser votado, sem surpresas, ainda neste mês.
A eleição de Valim foi formalizada pelo Conselho de Administração na última quinta-feira, com mandato fixado a partir de 1.º de setembro, mesmo dia do anúncio da relação de troca de ações do processo de simplificação societária do grupo. A troca de comando pode ajudar a companhia a melhorar seu diálogo com o mercado financeiro. A reação dos investidores da Brasil Telecom foi ruim em relação à troca. Os papéis da BrT amargaram perda de 12,30%.
”São variações momentâneas”, minimiza um executivo ligado ao comando da Oi. Mas outra fonte da empresa acredita que a companhia terá a difícil tarefa de reconquistar a confiança dos investidores depois de sucessivas tentativas fracassadas de reorganização societária. Ambos, porém, admitem a possibilidade de contestações de minoritários na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre os cálculos da relação de troca. Mas não apostam que isso trave o processo de reestruturação.
Outra mudança é que James Meaney também foi formalizado como diretor superintendente do grupo.