22/11/2024

Candidato à presidência da República divulga 13 propostas para transformação digital

No documento, consta medidas para levar internet de qualidade para todos os brasileiros, além de estímulo às cidades digitais inteligentes.

Nesta terça-feira (25), a campanha do candidato à presidência da república Luis Inácio Lula da Silva publicou um documento apresentando 13 medidas para o chamado “Transformação Digital Brasileira com Inclusão Social”. A primeira e principal delas se trata da inclusão digital com a garantia de uma internet de qualidade para todos os brasileiros.

Em programa eleitoral veiculado nesta terça, o candidato à presidência da república afirma que pretende criar um Sistema Nacional de Inclusão Digital, por meio de rede privada e pública de telecomunicações, “levando internet de qualidade para todas as escolas públicas, para que estas funcionem como centro para conectividade do seu entorno, para o sistema público de saúde, segurança, órgãos públicos e o ecossistema de cultura e outras atividades comunitárias“.

Outra proposta do candidato à presidência da república se refere ao estímulo à cidade digitais inteligentes e acessíveis aos cidadãos, industrialização e fomento ao empreendedorismo digital, além de geração de emprego e renda e inserção no mundo do trabalho digital de pessoas de baixa renda ou desempregadas, por meio de bolsas de estudo.

Entre as 13 propostas está também promover o investimento em redes de telecomunicações para tornarem mais estáveis e de alta disponibilidade, através de ações de defesa cibernética. Além de “fortalecer as empresas públicas de transmissão e processamento de dados para enfrentar os desafios do novo mundo digital, resgatando o papel estratégico da Telebras na política pública de inclusão digital e o Serpro e Dataprev como plataformas de gestão dos dados públicos“.

Confira as propostas na íntegra:

  1. Criar um Sistema Nacional de Inclusão Digital, utilizando rede privada e pública de telecomunicações para todos os municípios brasileiros. Levar internet de qualidade para todas as escolas públicas (para que estas funcionem como centro para conectividade do seu entorno), para o sistema público de saúde, segurança, órgãos públicos e o ecossistema de cultura e outras atividades comunitárias.
  2. Criar um sistema nacional para que professores, alunos e pessoas nas comunidades da periferia das cidades, quilombolas, indígenas, rurais, entre outros, desenvolvam suas habilidades no uso das ferramentas digitais para produção de conteúdo próprio. O sistema deverá ser integrado por União, estados e municípios.
  3. Criar programa com foco na formação de profissionais nas áreas de programação e ciência de dados em todos os níveis de escolaridade para geração de emprego e renda. As políticas visam também a reconversão profissional e a inserção no mundo do trabalho digital de pessoas de baixa renda ou desempregadas, através de bolsas de estudo.
  4. Implementar programa que vise garantir o primeiro emprego para todos os alunos formados em cursos técnicos, tecnológicos e superiores em tecnologias digitais realizados em parceria com empresas.
  5. Ampliar e melhorar os serviços públicos prestados na internet (governo digital), a partir da criação de plataformas acessíveis também a pessoas com deficiência, com o objetivo de facilitar o uso, sobretudo, de serviços públicos de educação, saúde e segurança pública. A plataforma também promoverá a participação ativa do cidadão na formulação, implementação, monitoramento e transparência dos serviços públicos e possibilitará a participação da elaboração da Orçamentária Anual (Orçamento Participativo).
  6. Fomentar o desenvolvimento da indústria e dos serviços digitais, bem como o empreendedorismo em áreas estratégicas (energia, comunicação, transporte, segurança, entre outros) e sociais (saúde, educação, assistência social, entre outros), para a geração de empregos de qualidade e aumento da produtividade e competitividade das empresas nacionais, por meio do desenvolvimento local de hardware, software e serviços voltados a demandas estratégicas e nichos de mercado, indo de semicondutores a lojas de aplicativos, em parceria com universidades e parques tecnológicos.
  7. Fortalecer programa para estimular cidades inteligentes, onde a infraestrutura e os serviços públicos funcionem como forma de inclusão social, por meio de tecnologias digitais e através do acesso livre a aplicativos para inclusão digital, acessibilidade, mobilidade, segurança, habitação, saúde, e que promova a educação ambiental dos cidadãos.
  8. Usar o poder de compra do Estado para alavancar a indústria nacional de hardware e software, como forma de gerar trabalho e renda, além de oportunidades de negócios para as empresas nacionais.
  9. Fortalecer as empresas públicas de transmissão e processamento de dados para enfrentar os desafios do novo mundo digital. Resgatar o papel estratégico da Telebras na política pública de inclusão digital e o Serpro e Dataprev como plataformas de gestão dos dados públicos.
  10. Estabelecer programa de estímulo à inovação com base em plataformas livres e tecnologias abertas pelos entes da federação, empreendedores individuais, micro, pequenas e médias empresas. Fomentar a formação e capacitação de técnicos e profissionais nessas plataformas para estimular a inovação e autonomia tecnológica do país.
  11. Garantir que cidadãos, empresas e governos sejam donos de seus próprios dados, e que estejam protegidos estrategicamente em território brasileiro. Isso inclui preservar a integridade dos dados relativos a nossos recursos estratégicos, combater vazamentos e roubos de dados pessoais dos cidadãos, informações empresariais e da administração pública.
  12. Promover o investimento em redes de telecomunicações para tornarem-se mais estáveis e de alta disponibilidade, por meio de ações de defesa cibernética.
  13. Apoio e fomento na área científica e tecnológica com vistas a dominar a tecnologia de Inteligência Artificial de forma ética e transparente e desenvolver o setor para que o país fique independente dos interesses de empresas estrangeiras, que podem representar riscos à soberania e de perseguição de grupos minoritários, inclusive promovendo violação de direitos humanos na esfera digital.
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