A Feninfra, Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, segue contra a maneira que a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, está lidando com as ligações de telemarketing ativo. A instituição publicou pronunciamento nesta sexta-feira, 28.
Para a presidente da instituição, Viven Suruagy, as medidas da agência reguladora contra o telemarketing ativo devem levar à crise para o setor, levando para um caminho de muitas demissões.
Para ela, é necessário exigir uma discussão de uma solução que seja boa para os consumidores, mas que não leve caos ao setor chegando ao ponto de fechar empresas.
“Acredito que neste período de um mês deva ser discutida uma solução que contemple o direito dos consumidores, mas que não cause o fechamento de empresas. O que não pode é tentar resolver um problema e criar outro pior”
A Feninfra acredita que a Anatel faz medidas cautelares com constância que têm como objetivo regular o setor. Para a instituição, as normas regulatórias devem ser precedidas por uma análise de impacto regulatório (AIR).
A federação nacional usa os dados divulgados pela própria instituição, baseada no Caged, cadastro Geral de Empregos, de que as medidas da Anatel com o setor de telemarketing têm gerado demissões em grande número.
Eles afirmam que desde março, quando foi implementado o uso do prefixo 0303 nas ligações de telemarketing ativo, o saldo negativo nas empresas de teleatendimento foi de 16.150 vagas de emprego.
Suruagy ainda complementa que as novas medidas da agência reguladora criam obstáculos para oferecimento de novos serviços e também atrapalha a cobrança de pessoas inadimplentes.
A Anatel está exigindo medidas mais rígidas para o telemarketing ativo, que é aquele que faz ligações para os consumidores. A ideia da agência é dar aos clientes maiores possibilidades de escolher se querem ou não atender uma ligação de venda, por exemplo.