A partir deste mês de novembro, a TIM fará o desligamento dos clientes da unidade móvel da Oi que estão inativos e não geram receita para a operadora. A informação foi dada pelo presidente da companhia, Alberto Griseli, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
A limpeza deve ser finalizada no começo do ano que vem. “O racional é simples: nossa política de cancelamento de clientes é diferente da Oi. Para nós, não faz o menor sentido manter na base quem não usa a linha, não faz recarga, nem gera valor”, disse o executivo ao jornal.
Essa não é a primeira vez que acontece algo do gênero. Acontece que a Vivo fez o mesmo procedimento ao ter desligado cerca de 3 milhões de usuários, cerca de 25% do total de clientes recebido da Oi Móvel, com base nos critérios estabelecidos pela própria operadora e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que são aqueles números onde não há movimentação como receber e fazer chamadas, recargas e nao pagam fatura.
O mesmo irá ocorrer com a base da TIM, que não informou o número exato de clientes que serão desligados, mas segundo Alberto Griseli, será uma quantidade de desconexões significativa. Na operação da venda da Oi móvel, a operadora recebeu em torno de 17 milhões de usuários.
Os desligamentos dos clientes não serão feitos de forma aleatória. Se for próximo ao da Vivo, a TIM desconectará cerca de 4,2 milhões de linhas. “A Vivo já fez, e nós também vamos fazer. Esse cliente não gera receita, nem cobre os custos de manutenção na base“, destacou Griselli.
A operadora afirma que apesar das desconexões, o cálculo de sinergias previstas com a incorporação de ativos da rede móvel da Oi não sofrerá mudanças, e calcula que a TIM terá sinergias derivadas da operação de pelo menos R$ 16 bilhões. A expectativa é de que 45% dos valores estimados sejam captados até 2030.
A explicação da TIM é que, embora haja menos receitas do que o esperado com os cortes de clientes inativos da Oi Móvel, também haverá queda de custos operacionais na mesma proporção.