24/11/2024

Disney tem aumento de assinantes nos streamings, mas registra prejuízo bilionário

Segundo dados da empresa, somente o número total de usuários da Disney+, Hulu e ESPN+ consegue bater a líder do mercado, a Netflix.

Nessa semana, o Grupo Disney divulgou seu relatório financeiro referente ao quarto trimestre fiscal de 2022, embora tenha recebido 12,1 milhões de novos assinantes, que representa 3 milhões a mais do que as estimativas dos analistas, e a The Walt Disney Company se manter líder no mercado em contas pagantes, o streaming teve um prejuízo de US$ 1,5 bilhão no período.

Ao todo, a empresa adicionou 14,6 milhões de assinantes para Disney+, Hulu e ESPN+, elevando o número de total de clientes de streaming até agora para cerca de 236 milhões, sendo que somente o Disney+ contabiliza 164 milhões de usuários, mas que ainda não alcançou a líder do mercado em números, a Netflix.

Somente juntando as três plataformas é possível bater de frente com a plataforma vermelhinha, que revelou ter cerca de 223,9 milhões de clientes, conforme seu último relatório de ganhos em outubro.

“A Disney teve um ano forte em 2022, com resultados recordes em nosso segmento de parques, experiências e produtos, além de um fantástico crescimento no número de assinantes dos nossos serviços diretos ao consumidor (DTC), com a adição de quase 57 milhões de assinantes neste ano, para um total de mais de 235 milhões”, declarou Bob Chapek, CEO da Walt Disney.

Embora tenha apresentado um crescimento no número de assinantes pagantes, o prejuízo operacional da Disney para streaming aumentou de US$ 0,8 bilhão (prejuízo operacional que já era previsto) para US$ 1,5 bilhão no trimestre.

Segundo a empresa, os motivos dessa perda financeira estão os maiores custos de produção e tecnologia, além do aumento nas despesas de marketing. Outro motivo apontado pela Disney foi o fim do Premier Access, que ainda estava em vigor no mesmo período analisado do ano passado e ajudou a trazer mais rentabilidade à plataforma.

Para nível de entendimento, o Premier Access foi um recurso do streaming durante parte do período da pandemia, onde o assinantes do streaming, mediante o pagamento de uma taxa extra, poderia assistir títulos como Viúva Negra e Jungle Cruise, mesmo estando ainda em cartaz nos cinemas.

Entretanto, a empresa está otimista para o futuro. O CEO da Walt Disney, Bob Chapek, afirmou que espera que suas perdas de streaming diminuam no futuro, graças aos aumentos de preços e ao lançamento de um nível suportado por anúncios no Disney+. Além de que acredita que a plataforma está no caminho certo para obter mais lucro no ano fiscal de 2024.

“Nossa expectativa é que os prejuízos operacionais de DTC tenham uma redução daqui para frente e que o Disney+ alcance a lucratividade no ano fiscal de 2024, desde que não tenhamos uma mudança muito significativa no clima econômico”, acrescentou Chapek.

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