Assim como foi levantada a suspeita na matéria que noticiado ontem (30), foi confirmado nesta quarta-feira (30) que o banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP), Macquarie Asset Management e a Open Fiber não apresentaram proposta pela rede do Grupo TIM (Telecom Italia), cujo prazo era para hoje, de acordo com os grupos em comunicado.
A operação entre as empresas era defendida pelo governo anterior do primeiro-ministro Mario Draghi, cuja oferta fazia parte de um projeto mais amplo para combinar os ativos de rede do Grupo TIM com os da rival Open Fiber, para assim criar uma empresa nacional de banda larga, que seria controlada pelo CDP.
O plano encontrou grandes ressalvas do governo de direita da nova primeira-ministra Giorgia Meloni, que decidiu retirar a proposra do CPD na noite de ontem, de acordo com duas fontes do governo em infomração ao portal Reuters.
De acordo com o ministro da Indústria, Adolfo Urso, e o subsecretário de gabinete, Alessio Butti, Roma pretende iniciar negociações para definir até 31 de dezembro as “melhores soluções de mercado viáveis” no interesse do país, das empresas e de seus acionistas e partes interessadas. “CDP Equity, Macquarie Asset Management e Open Fiber expressam sua disposição de participar do grupo de trabalho proposto pelo governo“, disse o comunicado das empresas.
Assim como mencionamos nesta matéria, na última sexta-feira (25), Meloni confiou a estratégia de banda larga do governo ao subsecretário de gabinete Alessio Butti, que criticou abertamente os planos do CDP para o Grupo TIM. Enquanto que Butti defendei o CPD, “orientando” que assumisse o controle total da empresa.
Vale lembrar que a proposta que foi retirada hoje, também era uma aposta central do plano de reestruturação apresentado pelo presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, em dividir o grupo em várias unidades, reduzindo assim a dívida de 25 bilhões de euros.
