Após o fracasso da possível operação com o banco CDP, que resultaria na fusão da rede do Grupo TIM com a Open Fiber, de acordo com fonte familiarizadas com o assunto, a Telecom Italia está explorando novos investidores para realizar a venda de seus ativos e informações apontam que houve pelo menos dois interessados na operação brasileira. Ou seja, a empresa recebeu manifestações sobre a TIM Brasil.
Entretanto, para o presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, colocar à venda uma unidade (TIM Brasil) que tem sido responsável por cerca de 30% do Ebitda do grupo é uma ação perigosa para a classificação de crédito da Telecom Italia, exceto se tiver um prêmio de atualização, conforme afirmam as fontes.
Em novembro, o governo da Itália afirmou que buscaria identificar “as melhores opções favoráveis ao mercado” até o final do ano para a empresa de telecomunicações, suspendendo uma oferta planejada para a rede do grupo pelo banco estatal CDP.
Para nível de entendimento, o plano de criar uma empresa de infraestrutura de comunicações italiana unificada, era o ponto foco da estratégia de Labriola para dividir a Telecom Italia em várias unidades, com o intuito de reduzir a dívida de 25 bilhões de euros do grupo. Esse era o plano que estava sendo almejado com a venda de ativos para o banco CDP.
Conforme afirmaram três fontes à Reuters, o presidente tem conversado em particular com o fundo norte-americano KKR recentemente, que já possui participação na rede do grupo, e inclusive tentou comprar toda a empresa em uma proposta que foi rejeitada. No entanto, parece que renovou o interesse em ampliar sua participação na rede fixa da companhia.
Além disso, a Telecom Italia também tem mantido contato com outros potenciais investidores que estão interessados em adquirir suas operações de serviço na Itália, incluindo o grupo francês de telecomunicações Iliad e a Poste Italiane, disseram as fontes. Entretanto, vale lembrar que qualquer negócio com estrangeiro e ativo da empresa, precisará passar pela aprovação do governo italiano, que tem o poder de impedir a operação.
Procuradas, a Telecom Italia, KKR, Poste e Iliad se recusaram a comentar o assunto.