O “streaming do Brasil” está prestes a se tornar realidade. O novo governo federal, do presidente Lula da Silva (PT), está estudando a criação de uma plataforma on demand estatal, que seria da TV Brasil, para concorrer com as grandes empresas do mercado.
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Essa proposta do streaming do Brasil está presente em um projeto apresentado pelo Governo de Transição, ainda em 2022. A ideia é que essa plataforma possa competir com nomes como Netflix e Globoplay.
Essa ideia foi pensada com base em um modelo alemão e foi apresentada no relatório final do grupo da área da Cultura. Já havia a ideia de que o novo governo tinha a intenção de ampliar a TV Brasil para algo maior, tendo como referência a BBC.
Como deve o streaming do Brasil, um serviço estatal
O objetivo é justamente esse, ter um serviço de streaming do Estado. Sendo assim será uma plataforma gratuita que deve reunir conteúdos originais e nacionais.
Seguindo a proposta apresentada, todos os conteúdos, sejam filmes, séries, minisséries e documentários que foram feitos com incentivo público devem estar dentro desse streaming do Brasil.
No entanto, a proposta do grupo do Governo de Transição não deixou evidente qual o tipo de recurso que daria a contrapartida, nem muito menos o período de janela.
Afinal, uma produtora que recebe incentivo público para fazer alguma obra, teria como segunda janela o streaming da TV Brasil. Isso significa que, logo depois da produção ser lançada no cinema (caso seja um filme), ele iria para o catálogo da plataforma estatal, e assim não ficaria impedido de ser vendido para uma empresa grande como a Netflix.
O projeto enfrenta resistência antes mesmo de sair do papel
Se por um lado houve quem fizesse a proposta para a existência do streaming do Brasil, há também quem tenha medo da existência dele. Isso porque existe uma preocupação que o projeto tire o investimento de multinacionais na arte do país.
O site NaTelinha afirma ter conversado com um dos integrantes do grupo de transição, e ele afirmou que a ideia não é ter conflito com os futuros concorrentes, mas sim fomentar a cultura nacional.
Se sair do papel, o streaming ficará no comando do Ministério da Cultura e não da Secom – Secretaria de Comunicações, ou do MCom – Ministério das Comunicações. Isso porque a plataforma será voltada para a arte.