A Apple ainda não fez nenhuma lista de demissão em massa no final de 2022 para o começo de 2023. Por isso é uma das poucas big techs que ainda não entrou oficialmente nesta crise que está “obrigando” as companhias a se organizarem internamente.
Só a Microsoft e Alphabet (dona do Google) anunciaram na última semana a demissão de 10 mil e 12 mil colaboradores. Enquanto isso a Apple segue aparentemente bem.
A última demissão em massa que a Apple fez tem um certo tempo. Aconteceu em 1997, quando 4.100 funcionários foram demitidos para fazer corte de custos. Na época Steve Jobs estava voltando para a empresa com o intuito de substituir Gil Amelio no cargo de chefe-executivo.
Embora a “explosão” de demissões tenha acontecido do final do ano passado para cá, segundo o site Layoffs.fyi, que é dedicado ao setor de tecnologia e rastreia os cortes que está havendo nesse mercado, desde o início de 2022 200 mil desligamentos já aconteceram.
Se a crise é tão complicada, porque a Apple ainda não fez demissões em massa?
A resposta para essa pergunta se encontra na causa para essa crise que vive o setor de tecnologia. Durante a pandemia o mercado ficou aquecido e muitas empresas aumentaram o quadro de funcionários.
Porém, no meio disso, a Apple decidiu que ir na contramão e ser mais contida, evitando um grande volume de contratações. Segundo o The Wall Street Journal a Amazon dobrou o número de funcionários, a Microsoft aumentou o departamento pessoal em 53% enquanto a Alphabet subiu para 57% e a Meta 94%.
E nessa festa de contratações a Apple contratou apenas 20% a mais do que já tinha, nesse período de pandemia, entre setembro de 2019 e setembro de 2022.
A Apple fez algumas demissões, mas nada como as outras empresas
A big tech adota uma postura diferente dos seus concorrentes em relação a alguns pontos. A Meta, por exemplo, tem investido muito no metaverso, a ponto de causar atrito com os acionistas. Já a empresa da maçã é mais contida sobre determinados investimentos novos.
A Apple até teve um número de demissões e congelou novas contratações. Mas a comparação com as outras empresas assusta. Foram 100 desligamentos num total de 164 mil funcionários, em agosto de 2022.
Poderia até ter pensado que era o começo da empresa na crise, porém, ela se demonstra aparentemente equilibrada.