De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o mercado de serviço móvel encerrou o ano de 2022 com 251,987 milhões de linhas, representando uma baixa de 2,43% em relação ao ano anterior. O ano em questão começou com 255,668 milhões de acessos em janeiro, mantendo um crescimento de até 261,289 milhões em outubro, mas no mês seguinte foi diferente.
Em novembro, devido ao desligamento de cerca de 6,4 milhões de linhas, a maior parte do desligamento das linhas foi realizado pela TIM, Vivo e Claro, dos clientes da Oi Móvel. Lembrando que em setembro, a Vivo já tinha feito a desativação de várias linhas. Dessa forma, após um saldo negativo de 3,680 milhões de acessos, o setor móvel ficou no mesmo patamar de outubro de 2021.
A tecnologia 4G, rede mais predominante no país, foi um dos grandes fatores para essa mudança no segmento. Ainda predominante no mercado móvel, o 4G encerrou o ano de 2022 com 195,908 milhões de linhas, abocanhando 78% do total. No entanto, terminou o ano com queda anual de 0,66%, e de 1,04% no mês (mais de 2 milhões de desconexões). Embora tenha crescido no mercado, o 5G ainda é muito restrito a população, tendo cerca de 2,3% do total de linhas de celular.
O 2G e o 3G mostraram quedas significativas ao longo do período. O 3G foi a tecnologia que mais teve recuo no período de 12 meses, perdendo 4,314 milhões de chips, representando uma queda de 14,97%, e encerrou o ano de 2022 com 24,497 milhões de acessos, ou seja, menor do que a base 2G – algo que não ocorria desde julho de 2014. Enquanto que o 2G totalizou 25,826 milhões de linhas, após uma queda de 5,96%.
Em relação a modalidade de pagamento, o pós-pago obteve um total de 140,068 milhões de acessos, enquanto que o pré-pago terminou o ano com 111,919 milhões de linhas.
Operadoras
Entre as operadoras, a Claro foi a que mais perdeu linhas, com desligamento de 932,6 chips, uma queda de 1,47%, total de 62,505 milhões de acessos. Em segunda a TIM, com 54,982 milhões de linhas (1,20%) e a Vivo caiu 0,68% e totalizou 72,562 milhões de chips.
As prestadoras de pequeno porte (PPPs) foram as únicas que demonstraram ter crescido mensalmente (de 0,76%), totalizando 5,858 milhões de linhas. Desse grupo, a Algar Telecom obteve a maior base, com 4,338 milhões de acessos (aumento de 0,98%). Já no crescimento mensal, de 5,88%, se destaca a Surf Telecom, totalizando 718,2 mil chips ao final do ano.