Nesta quinta-feira (02), Tim Cook e Sundar Pichai, CEOs das gigantes de tecnologia da Apple e Google, respectivamente, receberam um comunicado exigindo que as empresas retirassem o TikTok das suas lojas de aplicativo. O pedido foi feito pelo senador democrata Michael Bennet, com o intuito de restringir o download da rede social.
A plataforma, de origem chinesa, também passa por outros processos no congresso para a proibição de seu uso, mas Bennet foi o primeiro legislador a entrar em contato com a Apple e o Google para pedir a remoção do aplicativo. De acordo com o argumento do senador, o TikTok e sua vasta influência e coleta agressiva de dados, também apresenta uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.
O governo Biden já vinha adotando medidas contra a coleta de dados da rede social nas últimas semanas, o que também não descarta a possibilidade de proibição da plataforma.
Essa luta com o TikTok já é discutida pelo governo norte-americanoa nos últimos três anos. Desde o governo Trump, quando a rede social os legisladores apresentaram preocupações sobre o compartilhamento de dados de usuários dos EUA com o governo chinês.
Para a republicana Cathy McMorris Rodgers, o TikTok é uma força destrutiva na sociedade americana. “O TikTok, da Bytedance, permitiu conscientemente que o Partido Comunista Chinês acessasse dados de usuários americanos”, disse a parlamentar.
Posicionamento da rede social
Um plano que envolvia mover todos os dados da rede social para servidores baseados nos EUA chegou a ser apresentado por Shou Zi Chew, CEO do TikTok, mas o interesse em banir o aplicativo aumentou ainda mais após funcionários da ByteDance, a dona do TikTok, revelarem que podiam acessar dados de usuários americanos. Entretanto, mais tarde, os funcionários envolvidos no caso foram demitidos, inclusive dois deles trabalham na China, conforme disse a ByteDance.
Esta semana, o Comitê de Energia e Comércio americano anunciou que Chew deve comparecer a uma audiência no dia 23 de março focada justamente na segurança e proteção de dados dos americanos. Com isso, até que essa situação seja resolvida, o futuro da rede social nos Estados Unidos é incerto.