O Nubank entrou no mesmo caminho de diversas empresas de tecnologia e anunciou o encerramento de algumas atividades internas, o que resultou na demissão de cerca de 40 empregados. O banco é uma das principais fintechs do Brasil.
A empresa não divulgou os números oficiais de quantos funcionários foram demitidos, porém afirma que é uma quantidade pequena, pois o quadro de funcionários do Nubank conta com 8 mil colaboradores. A notícia foi confirmada pelo banco nesta semana.
Demissão no Nubank tem a ver com a crise nas “Lojas Americanas”
Essa demissão tem a ver com a queda do “Nu Reserva Imediata”. Era um fundo de debêntures das Americanas e por conta de tudo que está se passando com a rede de lojas houve uma desvalorização dos títulos. Os investimentos são geridos pela Nu Asset, uma gestora de recursos do banco.
O Nubank anunciou por meio de um comunicado que precisava encerrar essa área de investimentos. Relatou que foi feita uma avaliação cuidadosa antes de ser tomada essa decisão. E, segundo a empresa, esse serviço era oferecido a uma pequena parcela de clientes.
“Na prática, os clientes seguem com seus recursos devidamente aplicados nos investimentos escolhidos, tendo acesso aos apps Nubank e NuInvest, assim como nossas plataformas de conteúdo, onde podem obter extenso material sobre investimentos e educação financeira”, disse o banco.
Apesar dessa notícia, o Nubank segue sendo uma startup valiosa: tem uma avaliação estimada em 21,7 bilhões de dólares. E na última quarta-feira, 02, teve uma alta de 2,58% nas suas ações.
Essa é a segunda remessa de demissões
Embora o Nubank tenha procurado acalmar a todos através de nota oficial comunicando que foi necessário fazer o corte por causa de questões com terceiros, é válido ressaltar que em dezembro de 2022 a empresa demitiu 22 funcionários do setor de Recursos Humanos e captação de talentos.
As empresas de tecnologia, principalmente as maiores como Microsoft, Alphabet (dona do Google), Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) e outras têm recorrido a cortes de milhares de funcionários para conseguir equilibrar as contas.
Após altos investimentos entre 2019 e 2020, durante a pandemia, hoje as empresas alegam não terem os retornos financeiros que esperavam ter e se veem na missão de fazer cortes de colaboradores.