A TIM respondeu às críticas que a Claro fez sobre o volume de acessos que recebe no 5G Standalone ou 5G puro, como também é conhecido. Quem falou sobre o assunto foi Mario Girasole, o vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da operadora.
Ele conversou com jornalistas nesta sexta-feira, 10, e afirmou que a diferença acontece pela quantidade de aplicações corporativas na rede 5G que a operadora tem.
“A diferença entre SA e NSA se dá com base em aplicações à latência zero, aplicações industriais, B2B e de desenvolvimento econômico, como um todo. A diferença é muito notória no NSA para o SA, pois é uma plataforma de desenvolvimento industrial, econômico e de parcerias”.
Ele ainda acrescentou que os celulares SA e NSA não têm diferença entre si, quando foi perguntado se a companhia contou os iPhones com 5G puro.
Os celulares da Apple são compatíveis com a rede 5G através da atualização de software, porém isso não foi disponibilizado no Brasil, apesar do pedido da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, em julho de 2022.
O vice-presidente da TIM ainda afirmou que a métrica de contagem vem de uma mesa técnica que foi acertada entre as operadoras e implementada pela ABR Telecom. Segundo ele, nenhuma operadora propôs mudar esse modo de contagem, porém, a TIM está aberta a mudanças.
“Nós seguimos o processo que foi exatamente concordado. Esse processo pode mudar? Pode sim. Estamos à disposição para discutir, ainda que seja uma questão puramente semântica”.
Claro X TIM
O CEO da Claro, Paulo Cesar Teixeira, questionou alguns resultados que a TIM apresentou nesta semana em relação aos acessos 5G durante o final de 2022.
O executivo da Claro desconfiou da TIM ter 97% das conexões em 5G SA, diante 43% da Claro e 51% da Vivo.
Com isso, o Paulo Cesar Teixeira diz ter entrado com um pedido de verificação junto à Anatel. E em resposta a TIM disse o seguinte:
“A TIM informa que aplica rigorosamente os critérios técnicos definidos em comum acordo por todas as operadoras que dispõem da tecnologia 5G”.