Operadora está em iminência de perder suas licenças de operação de telefonia fixa, celular e banda larga. |
O futuro da Sercomtel poderá ser decidido na próxima quinta-feira (04), em reunião do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O órgão poderá impedir a operadora de Londrina a continuar ofertando serviços de telefonia fixa, celular e banda larga.
Em agosto de 2017, a Anatel pediu a cassação das licenças de operação da Sercomtel, que é administrada pela Prefeitura de Londrina, devido as dificuldades econômicas enfrentadas pela operadora.
A Sercomtel chegou até a apresentar plano de recuperação financeira à Anatel. No entanto, por ser uma empresa pública, não pode nem pedir recuperação judicial e nem renegociar sua dívida, como fez a Oi.
Com uma dívida de R$ 190 milhões, a operadora não conseguiu nem mesmo a aprovação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que tentava junto ao órgão regulador.
Conforme a Anatel, a Sercomtel deveria manifestar de forma concreta qual saída iriam adotar para evitar a cassação das licenças. No entanto, a operadora não apresentou soluções.
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Agentes privados chegaram a sondar a possibilidade de compra da Sercomtel, o que injetaria capital na operadora, mas as negociações não avançaram.
Um dos entraves para a venda da prestadora é uma lei municipal que estabelece que a administração pública precisa deter 51% do capital da empresa.
No entanto, os investidores só colocam capital se puderem assumir o controle.
A Anatel esperava que algum projeto fosse ser enviado para a Câmara Municipal na tentativa de reverter essa lei e alterar o controle da empresa, mas nada disso aconteceu.
No ano passado, a operadora conseguiu diminuir o prejuízo líquido anual (em 2016 foi R$ 20,6 milhões e 2017, R$ 4,4 milhões), mas não conseguiu equacionar a grande dívida que acumula.