O processo de implementação do 5G tem sido mais rápido do que prevê o edital a tecnologia. Inclusive, mais de 347 cidades já poderão ter o sinal ativado pelas operadoras vencedoras do leilão, uma vez que o Gaispi, grupo responsável pela implementação da rede no país, liberou a faixa de frequência de 3,5 GHz nessas localidades.
Entretanto, embora o calendário esteja bastante adiantado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está preocupada que esse ritmo acelerado não seja continuado quando chegar nas cidades menores, segundo o Teletime. Vale lembrar que há ainda obrigações de adensamento de antenas nas capitais até o dia 31 de julho deste ano, por exemplo. Outra preocupação é que as operadoras poderiam estar ativando estações radiobase (ERBs) em mais municípios.
Além disso, ainda falta o trabalho das prestadoras de pequeno porte (PPPs), sendo que algumas vencedoras do leilão 5G nem sequer começaram a instalação da rede. Entretanto, vale ressaltar que as obrigações dos blocos regionais dessas companhias variam conforme o tamanho da cidade, até porque precisam cumprir o cronograma a partir de 2025 e 2026.
Antenas 5G em operação
De acordo o edital do 5G, devem ser instaladas 71.805 estações (somando 5G e 4G), mas a Anatel já contabiliza 87.902 ERBs licenciadas no país. Mas vale lembrar que isto não quer dizer que a estrutura esteja em operação. Da quinta geração de internet móvel na frequência de 3,5 GHz, somente 7.959 estações estão em operação.
Embora o Gaispi esteja liberando a frequência em outras cidades do país, a obrigação atual das operadoras já foi cumprida, que é a ativação do 5G nas capitais. Com isso, mesmo que as empresas tenham a autorização para ativar o sinal em outros municípios, somente em 2025 as operadoras terão de cumprir a meta de atender essas cidades que tenham acima de 500 mil habitantes, por exemplo.
Lei das Antenas
Algo que também pode desacelerar o avanço do 5G é a legislação brasileira em relação a instalação da estrutura em algumas cidades. Acontece que alguns municípios ainda não estão com suas leis municipais adequadas para instalar ERBs. Esta é uma preocupação do Ministério das Comunicações, que inclusive disponibilizou documento para ajudar os gestores municipais a atualizarem suas leis. Ou seja, o avanço do 5G nas regiões do país depende de vários fatores que vão além da liberação da frequência pelo Gaispi e da ativação das operadoras.
