De acordo com relatório apresentado nesta terça-feira (21) pela Pro-Música (entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país) que faz parte do relatório anual do IFPI. A indústria fonográfica brasileira arrecadou R$ 2,526 bilhões em 2022, fazendo com que o país suba duas posições no ranking geral da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) e agora ocupa o 9º lugar mundial na indústria de música.
É o sexto ano consecutivo de crescimento do mercado fonográfico nacional, que em 1996 chegou ao 6º lugar no ranking global, puxado pela popularização dos CDs (e mais tarde derrubado pela pirataria que atingiu o formato). Entre 2019 e 2022, ele quase dobrou o seu faturamento.
Conforme o documento da IFPI, o mercado global de música grava obteve um crescimento de 9,0% ano passado, que foi impulsionado pelo crescimento do streaming musical. As receitas totais para 2022 foram de US$ 26,2 bilhões.
Já o levantamento da Pro-Música aponta que houve crescimento de 15,4% nas vendas digitais e físicas no Brasil, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 15,3%, somando R$ 323 milhões nas receitas de execução pública.
Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, analisa que “Nos dois anos de pandemia no Brasil, todas as plataformas de conteúdo remoto se popularizaram e ganharam força. Como fim das restrições, o quadro macroeconômico não se mostrou tão terrível quanto a gente poderia imaginar e as pessoas continuaram querendo se conectar”.
No mercado brasileiro, as plataformas de streaming sob demanda continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria, representando 86,2% do total das receitas ano passado. Sendo que as receitas nas assinaturas digitais atingiram a R$ 1,343 milhões, com crescimento de 21,6% em relação a 2021.
No mundo, os streamings de áudio por assinatura teve aumento nas suas receitas de 10,3%,, chegando a um total de 589 milhões de usuários de contas de assinatura paga no fim do ano de 2022 (US$ 12,7 bilhões). Considerando as assinaturas pagas e suportadas por publicidade houve crescimento de 11,5%, chegando a US$ 17,5 bilhões.