A Apple, uma das empresas mais valiosas do mundo, tem sofrido especulações de potenciais aquisições de outras empresas, devido ao seu gordo caixa de US$ 165 bilhões. Combinado com seu crescimento lento, há boatos de que a empresa tem potencial para comprar empresas como, Disney e Netflix.
Recentemente, a Walt Disney tem sido direcionada a uma lista de possíveis alvos de aquisição, que também inclui a Netflix e Tesla, empresa automobilística do bilionário Elon Musk. Acontece que aqueles que apostaram que a Apple pretendia comprar essas companhias têm apenas se decepcionados.
Kevin Walkush, gerente de portfólio da Jensen Investment Management, fala que “Você provavelmente está não entendendo o valor de um negócio se pensa que o principal catalisador para o investimento é uma grande aquisição”. “É uma aposta de baixa probabilidade”.
A Apple tem um histórico de evitar fazer aquisições extravagantes, diferente de outras companhias como a Microsoft, se atendo a pequenas startups para aumentar seus esforços domésticos em novos mercados, mesmo que eles demorem muitos anos para dar frutos.
“Não fazer um grande negócio não os afetou e, se não está quebrado, não conserte”, disse Gregg Abella, diretor executivo da Investment Partners Asset Management, que detém ações da companhia. “Estou satisfeito que a Apple tenha muita disciplina a esse respeito”.
Até então, a maior compra feita pela fabricante do iPhone foi a aquisição da Beats Electronics em 2014, pelo valor de US$ 3 bilhões. A nível de comparação, a Microsoft, em operação que ainda está pendente, ofereceu comprar a fabricante de videogames Activision Blizzard por US$ 69 bilhões.
Mesmo com uma desaceleração para 2% do crescimento da receita da Apple projetada para o ano fiscal de 2023, segundo a Bloomberg Linea, a empresa parece estar fazendo ainda menos na frente de aquisições. Em 2022, a empresa gastou US$ 306 milhões em aquisições, US$ 1,5 bilhão abaixo do ano fiscal de 2020.
De acordo com Logan Purk, analista da Edward Jones, a Apple tem sido tão bem-sucedida ao fazer aquisições menores e incrementais que um negócio maior levantaria muitas preocupações.
“Se a Apple tentasse fazer um grande negócio que estivesse fora de sua estratégia – não complementar, realmente mudando sua história –, isso me deixaria preocupado”, disse Purk em entrevista. “Estaria tão fora de seu curso normal de ação que você teria que perguntar por quê.”