22/11/2024

Provedor de internet passa a aceitar criptomoedas como forma de pagamento

Segundo o CEO da Use Telecom, André Costa, a modalidade é como mais um arranjo de pagamento ao lado do Pix, crédito e débito.

Durante o Digital Money Meeting realizado nesta quarta-feira (12), André Costa, CEO da Use Telecom, anunciou novidades envolvendo o uso de criptomoedas. Segundo o executivo, o provedor de internet agora está aceitando a modalidade virtual de dinheiro como forma de pagamento de contas de banda larga residencial.

O projeto de pagamento com criptomoedas teve um projeto no final de 2022 e depois disponibilizou para um terço da base de clientes do seu serviço de entender fixa, 10 mil pagantes. Entre 80 e 90 consumidores usaram a forma de pagamento. A ideia é avançar com a oferta para outros 20 mil consumidores, pois a Use Telecom vê o pagamento em cripto como mais um arranjo ao lado de Pix, crédito e débito.

Atualmente, a empresa atende 30 mil usuários e marca presença em 88 cidades com a FiBrasil e mais e mais 33 municípios com sua rede própria. Também possui uma MVNO com Claro e Vivo em atuação nacional com aproximadamente 10 mil usuários.

O executivo afirma que a empresa quer incentivar a mineração de criptomoedas entre seus usuários domésticos, para que ajude o consumidor a pagar sua conta de internet. Para esse cliente, o CEO afirmou que a ideia é oferecer seus produtos mais avançados (Use Plus e o Use Premium) que custam R$ 189 por mês. Atualmente, a companhia tem 20% de assinantes heavy users, ou seja, 6 mil consumidores com potencial de se tornarem mineiros digitais.

Costa contou que quer ofertar uma tecnologia de billing baseada em criptomoeda para o setor de telecomunicações, que foi criada em parceria com a TGN, integradora da Use Telecom. O dinheiro é recebido em criptomoeda (a operadora não faz distinção) em uma carteira cripto da operadora, é convertido em stablecoin (USDT) e depois trocado por Real.

A chegada do Real Digital pode acelerar essa adoção, já que facilitaria os processos de conversão. Entretanto, o CBDC brasileiro quando for criado será apenas para transações no atacado (instituições financeiras e de pagamento reguladas pelo Banco Central) e não terá versões para o varejo (consumidor comum). Com isso, para fazer o câmbio, a Use Telecom precisará se conectar a um banco.

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