A Brisanet, empresa nordestina e nova entrante no mercado móvel, já iniciou seus testes com 5G em cidades do Nordeste, aplicando seus investimentos e esforços para disponibilizar os seus serviços nas regiões aos quais terá autorização, com base no lote regional adquirido no leilão do 5G realizado em 2021.
Entretanto, parece que tem enfrentando um impasse com uma grande fabricante de smartphones, que não foi identificada, que estaria condicionando a homologação de seus terminais da rede 5G standalone à aquisição de aparelhos. Segundo a Brisanet, esse volume compromete uma parcela expressiva dos seus investimentos.
Por causa disso, a empresa nordestina está acionando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O CEO da Brisanet, José Roberto, explica que “Não é só colocar a rede no ar e funcionar, os fabricantes têm que fazer uma integração com cada um“. Tal parametrização estaria em fase final ao lado de três dos principais fabricantes de celulares, segundo a companhia.
Assim como explica o executivo, uma quarta fabricante de smartphones 5G estaria exigindo uma aquisição exorbitante de aparelhos para a homologação, e com isso decidiu levar o caso para a Anatel. “Estamos levando a questão para a Anatel. Um celular homologado pela agência não pode ter fabricante exigindo que uma operadora que está começando faça compra em percentual significativo do capex de redes“.
“Não vamos ser vendedores de celular, nosso negócio é conectar pessoas“, completa Nogueira. Com isso, a Brisanet espera que o caso seja resolvido com a ajuda da agência em um curto prazo de tempo. A situação envolve apenas os serviços de rede do 5G SA. Ou seja, não afeta a operação móvel no 4G da faixa de 2,3 GHz que está sendo ativada pela empresa.
O impasse com fabricantes de smartphones também foi mencionada pela Unifique, que junto com a Ligga (antiga Copel Telecom), também é uma das empresas vencedoras do leilão 5G.
“É uma dificuldade e uma trabalheira bem grande com que a gente não contava. Temos um grupo de trabalho e uma agenda para retornos que eram para ser rápidos, mas que acabaram sendo lentos”, afirmou o diretor de inovação da operadora, Jair Francisco.
