24/11/2024

Operadoras não estavam diferenciando os padrões 5G no mapa de cobertura

Após fiscalização da Anatel, as empresas tiveram que corrigir as informações, com algumas caindo pela metade na cobertura que era mostrada.

Nesta segunda-feira (24), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou o Relatório Anual de Gestão, onde mostra a velocidade média que a banda larga fixa brasileira atingiu no final de 2022. Com a intenção de dar maior transparência ao consumidor, o documento também apontou que a agência precisou corrigir mapa de cobertura 5G das operadoras.

No primeiro caso, a Anatel constatou que o serviço de internet fixa no país registrou uma velocidade média de 245,95 Mbps, superando a meta do Plano Plurianual para o triênio de 2020-2023, que era de 150 Mbps ao final deste ano. Entretanto, ainda está longe da meta da agência para 2017, que é de 1 Gpbs.

No relatório também foi constatado um avanço no adensamento da cobertura da Internet fixa, que já está próximo da meta prevista pela Anatel que é chegar a 91%, segundo o gerente da área de planejamento da agência, Marcelo Monteiro. Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD TIC), do IBGE, em 2021 a penetração de banda larga fixa no Brasil chegou a 90%.

Marcelo Monteiro ainda afirma que o Brasil caiu duas posições no ranking da União Internacional de Telecomunicações (UIT) naquele ano, chegando à 71ª colocação. “Isso se deve em razão da [queda da] renda“, justificou Monteiro.

Segundo a Anatel, no indicador de desempenho estratégico, em julho de 2021, 4.677 municípios contavam com backhaul de fibra óptica, sendo que a meta para o final deste ano é de às operadoras atinjam 4.883 municípios. No entanto, é possível que este compromisso já tenha sido cumprido.

Mapa da cobertura 5G no país

Quanto ao mapa de cobertura 5G, a Anatel precisou agir com fiscalização para corrigir informações divulgadas pelas empresas. Segundo o superintendente de fiscalização da agência, Hermano Tercius, havia inexistência de diferenciação entre 5G DSS e os padrões standalone (SA) e não standalone (NSA) no mapa de cobertura.

“Os sites tinham mancha que era visivelmente maior do que era visto na prática. Então, teve fiscalização que ultrapassava o edital, pois era uma obrigação consumerista”, destacou Tercius.

Com a fiscalização realizada pela Anatel houve uma queda significativa entre o que era exibido e a área efetivamente coberta pela tecnologia em Brasília, exemplifica o órgão. Após a fiscalização, as operadoras corrigiram os índices, com algumas caindo pela metade na cobertura que era mostrada.

Hermano Tercius ainda afirma que a Anatel tem fiscalizado a instalação de antenas ativas desde que a TIM, Vivo e Claro iniciaram as ofertas do 5G nas capitais. Detalhando que todas cumpriram as obrigações previstas no edital, mas com diferentes intensidades.

No caso, segundo o executivo, a TIM foi a operadora que mais proporcionou o adensamento de antenas, chegando a triplicar a quantidade de estações que a meta previa. Enquanto que a Vivo, chegou a quase o dobro e a Claro se manteve mais próxima das metas.

O superintendente da Anatel e secretário executivo do Gaispi, Vinícius Caram, ainda completa afirmando que metade da população brasileira já está em municípios onde há cobertura 5G, ou 86 milhões de habitantes. Ele diz que, nas cidades onde o 5G está funcionando, em média 15% das áreas urbanas estão com a rede de quinta geração.

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