A atual expectativa é que no futuro das escolas não haverá mais salas de aula onde a tecnologia seja apenas uma distração. O mercado já desenvolveu ferramentas que integram as aplicações digitais ao processo de aprendizagem.
No entanto, esses equipamentos ainda não estão disponíveis nas instituições públicas. Ricardo Mansano, CTO da Huawei para o setor público, acredita que os agentes públicos estão compreendendo essa mensagem.
“Sou muito otimista e acredito firmemente que o poder público está cada vez mais voltado para um futuro de longo prazo, onde teremos experiências educacionais muito mais promissoras”, afirma o executivo.
Nesta terça-feira, 30, durante o evento “EdTechs e as Escolas Públicas” organizado pelo Tele.Síntese, Mansano abordou o tema em questão. Ele mencionou um exemplo de como os dispositivos disponíveis podem ampliar a experiência dos estudantes, referindo-se especificamente à Huawei.
Segundo Mansano, atualmente existem tecnologias que permitem uma colaboração completa entre professor e aluno dentro da sala de aula, além de possibilitar a capacitação remota dos professores. Isso possibilita a padronização do método de ensino e o compartilhamento do conteúdo após a aula.
Na visão de Mansano, a escola do futuro também supera as barreiras geográficas. Por exemplo, os alunos do ensino médio não precisam se limitar apenas à interação com colegas da mesma sala de aula ou da mesma escola.
Com as tecnologias disponíveis atualmente, é cada vez mais viável a interação entre instituições educacionais e entre países. Em um futuro próximo, será possível ter aulas no Brasil interagindo com alunos na Alemanha, França, China e em outros lugares.
Porém, ele afirmou também que a implementação do potencial tecnológico nas escolas públicas fica travada pela falta de estrutura nas instituições:
“Para pensar na educação do futuro, nós precisamos ultrapassar algumas barreiras iniciais da infraestrutura básica das escolas. Quando eu falo de infraestrutura básica é toda parte de energia elétrica, saneamento, cadeiras, enfim…[…] Depende muito dos como o governo e as entidades públicas vão reforçar a intenção de longo prazo”, afirma Manzano.