A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem trabalhado cada vez para combater a pirataria dos sinais da TV por assinatura. A partir de julho, a fiscalização contra o famoso “gatonet” entrará em uma nova fase para acelerar a interrupção dos sinais piratas que acessam conteúdos da TV paga ou dos streamings sem autorização.
Entretanto, a agência estará mirando em momentos que contam com uma demanda maior de pirataria, como as quartas-feiras de futebol e os finais de semana, que elevam a audiência dos filmes e séries. Ou seja, aqueles que fazem uso do serviço de forma ilegal poderão ter a transmissão interrompida antes mesmo de terminar o primeiro tempo de uma partida. O mesmo pode acontecer com as transmissões de filmes, séries e novelas.
A ação concentrada nessa demanda específica é resultado de um acordo assinado em março entre a agência reguladora e a Ancine (Agência Nacional do Cinema), com o intuito de avançar no combate à pirataria de conteúdos. Na prática, a Ancine vai identificar o conteúdo que está sendo acessado pelo sinal ilegal, e reportará à Anatel, que iniciará o procedimento para derrubar, de forma simultânea, a transmissão.
Moisés Moreira, vice-presidente da Anatel e conselheiro responsável pelo tema no órgão, explica que toda a ação deve ser realizada de forma rápida e que a proximidade entre as duas agências, deve favorecer essa agilidade. “Vamos poder trabalhar em parceria e começar a mandar bloquear esses canais de forma imediata, por exemplo, quando tem um jogo ao vivo, uma coisa que não pode demorar mais do que meia hora. Se levar duas horas, já acabou o jogo. Então, vamos começar a fazer esse tipo de ação também“, diz.
O conselheiro não revela detalhes do bloqueio para não comprometer a ação da fiscalização nem expor o método usado.