Diferente do que vem acontecendo no Brasil e aconteceu na Espanha, a nova política da Netflix para proibir o compartilhamento de senhas tem trazido resultado positivo para a plataforma nos Estados Unidos. Acontece que após anunciar a taxa extra necessária para adicionar outros usuários na conta, as assinaturas diárias apresentaram um crescimento inesperado no país norte-americano, de acordo com dados da Antenna.
Segundo o levantamento, o serviço de streaming acumulou mais novas assinaturas nos EUA entre 25 e 28 de maio do que em qualquer outro período de quatro dias desde quando a Antenna começou a coletar esses dados, em 2019. Inclusive, desde que iniciou a repressão ao compartilhamento de senhas, as ações da Netflix subiram cerca de 13%.
Lembrando que a nova política foi implementada no dia 23 de maio. Ou seja, o crescimento de novos assinantes (quase 100 mil usuários) foi observado logo após a Netflix começar a notificar os usuários sobre o compartilhamento de senhas. Isto quer dizer que a decisão da empresa em acabar com a prática está dando frutos, pelo menos nos Estados Unidos.
Vale ressaltar que a empresa de análise de streaming considera nos dados recibos de compras online, contas e registros bancários de consumidores. Ou seja, as assinaturas oferecidas por meio de pacotes não são consideradas.
Aposta certeira?
A medida de impedir o compartilhamento de senhas da Netflix é uma maneira de aumentar a receita da plataforma, que teve trimestres consecutivos de perda de assinantes pela primeira vez na sua história, em 2022. Segundo a empresa, estima-se que a mais de 100 usuários que forneceram suas credenciais de login para terceiros.
Para a Netflix, essas pessoas não-assinantes são potenciais pagantes da plataforma. E para acabar de vez com a prática e fazer esse público assinar o streaming, foi estabelecido uma cobrança extra para adicionar membros fora de suas casas. Nos Estados Unidos é cobrado o valor de US$ 8 por mês. No Brasil, o valor é de R$ 12,90 mensais por cada membro adicionado.