A Comissão Europeia emitiu um alerta nesta quinta-feira (15) destacando os riscos de segurança que as empresas chinesas de telecomunicações Huawei e ZTE representam para a União Europeia (UE). Em resposta a essa preocupação, a Comissão decidiu não utilizar mais serviços que contenham materiais fornecidos por essas duas empresas.
O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, explicou que a decisão foi tomada para evitar a dependência de empresas que possam utilizar seus produtos como armas contra os interesses da UE. A Comissão considera essa dependência como uma vulnerabilidade crítica que representa um risco sério para a segurança comum dos países da União Europeia.
“Não podemos nos dar ao luxo de manter dependências críticas que poderiam se tornar uma arma contra nossos interesses. Seria uma vulnerabilidade crítica e um risco muito sério para a nossa segurança comum”.
Essa medida indica a crescente preocupação em relação à segurança cibernética e à possível influência indesejada de entidades estrangeiras nas infraestruturas de comunicação dos países da UE. A Huawei e a ZTE têm sido alvo de suspeitas e investigações relacionadas à segurança de suas redes e equipamentos, com alguns países já tendo proibido ou restringido o uso de seus produtos em setores críticos.
Relembre o contexto de preocupação da União Europeia
A UE passou a considerar proibir obrigatoriamente os estados membros de usarem equipamentos da Huawei e outras empresas que representam risco à segurança há alguns meses.
Essa medida foi tomada em resposta a governos europeus que anteciparam a remoção dos equipamentos chineses das redes 5G. Em 2020, a UE permitiu que os estados membros restringissem ou excluíssem fornecedores de alto risco, como a Huawei, de partes essenciais de suas redes de telecomunicações.
No entanto, apenas um terço dos países do bloco implementou essas proibições. A Alemanha considerou proibir certos componentes da Huawei e de outras empresas chinesas em sua rede de telecomunicações, mas enfrentou resistência das operadoras devido ao alto custo da operação.
E agora, o bloco econômico resolveu tomar providências que incluem todos os países da organização.