Nesta segunda-feira (26), foi anunciado que a China Mobile, China Telecom e a China Unicom se uniram à iniciativa Open Gateway da associação global do setor móvel GSMA para criar uma padronização que permitirá interconectar e orquestrar as diferentes redes de telecomunicações, onde os usuários e desenvolvedores de aplicações terão um único ponto de acesso global a todas as redes.
A ideia por trás da iniciativa é tornar as redes das teles uma espécie de único “supercomputador” formado por todas as infraestruturas de banda larga e suas respectivas capacidades de processamento em nuvem. Isto é, abrir interfaces programáveis de aplicações (APIs) para a criação de um ecossistema de desenvolvimento, permitindo a conexão a diferentes funções de rede.
Até o momento, a Open Gateway já conta com a participação de 29 operadoras no mundo, o que cobre cerca de 60% da população mundial, incluindo as três chinesas, além da Telefónica e o Grupo TIM, que controlam as operadoras Vivo e TIM Brasil, respectivamente.
Por meio de comunicado, o diretor geral da associação, Mats Granryd, ressalta a importância do mercado asiatico, afirmando que “A China representa o maior mercado 5G do mundo”, e que “ter três das maiores operadoras chinesas comprometidas com esta iniciativa demonstra o significado global e o forte caso de negócios que ela oferece“.
EVP da China Telecom, Li Jun, acrescenta que
“Acreditamos que a colaboração e framework comum entre operadoras móveis, desenvolvedores e provedores de cloud vai permitir novas oportunidades e conduzir a novas indústrias e experiências”.
O Open Gateway foi lançado em fevereiro e já tem 23 provas de conceito, segundo a GSMA. As aplicações desenvolvidas incluem localização de dispositivos, troca de SIMcards e combate de crimes financeiros online, além de iniciativas de qualidade sob demanda para entregar “experiências de games mais imersivas e permitir a drones carregar intensivamente dados para missões com segurança“.
Na época, a iniciativa já estava com parcerias importantes do mercado de nuvem: Amazon Web Services (AWS), Microsoft e Google, que prometeram anúncios de funcionalidades já integradas à incidência.
Em fevereiro, Mats Granryd, CEO da GSMA, declarou que “Para ter computação global, as redes não são suficientes e precisam de mais capacidade. Há 35 anos as operadoras se juntaram num primeiro esforço de harmonização. E o Open Gateway é um esforço semelhante, com impacto global“.