Na terça-feira, 11 de julho, o Ministério das Comunicações (MCom) estabeleceu um comitê encarregado de propor as regulamentações aplicáveis à TV 3.0. O presidente do comitê, chamado GT TV 3.0, será Wilson Wellisch, Secretário de Comunicação Social Eletrônica. Além disso, o comitê contará com a participação de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério da Fazenda e de organizações que representam o setor de radiodifusão.
Segundo o MCom, o Brasil está vivenciando uma nova fase de preparação para a chegada da TV 3.0, prevista para ocorrer em 2025. O Grupo de Trabalho TV 3.0 tem como objetivo apresentar uma proposta de regulamentação até 31 de dezembro de 2024.
De acordo com Wellish, essa nova geração de televisão digital tem o potencial de revolucionar a maneira como os brasileiros acessam conteúdos. Ele ressalta que a tecnologia e o sistema da TV 3.0 serão completamente inovadores, permitindo que os usuários não apenas interajam com a programação, mas também desfrutem da melhor qualidade possível de imagem e som.
No entanto, conforme destacado pelo secretário, essa evolução não se limita apenas a melhorias na qualidade de som e imagem, que podem chegar até 8K. Trata-se também de uma revolução no modelo de negócios do setor, abrindo possibilidades para o comércio online por meio do conteúdo transmitido. A tecnologia trará novas oportunidades para os radiodifusores ao combinar o sinal de TV digital com a conectividade, o que pode gerar um casamento promissor entre o setor de radiodifusão e o mundo online.
“A tecnologia trará novas oportunidades para os radiodifusores por meio do casamento do sinal de TV digital com a conectividade”, refletiu.
Características da TV 3.0:
- Qualidade visual e sonora aprimorada em comparação à geração anterior de TV Digital, oferecendo transmissões de até 8K;
- Recebimento de sinal tanto em locais fixos (com uso de antenas internas ou externas) quanto em movimento;
- Integração entre o conteúdo transmitido pelos serviços de radiodifusão e a internet;
- Interface de usuário baseada em aplicativos;
- Segmentação de conteúdo com base na localização geográfica dos telespectadores;
- Personalização do conteúdo de acordo com as preferências individuais dos telespectadores;
- Utilização otimizada do espectro de radiofrequências para transmissão de áudio e vídeo, além de serviços auxiliares;
- Novas formas de acessar conteúdos culturais, educacionais, artísticos e informativos.