Recentemente, golpistas lançaram uma oferta alegando um salário de R$ 12 mil para incentivar as pessoas a baixarem um aplicativo falso chamado “Threads Lucrativo“. Essa oferta começou a circular a partir do dia 7 e prometia remuneração por meio de curtidas e comentários. Essa foi a primeira fraude em língua portuguesa na nova plataforma de redes sociais da Meta (que inclui Instagram, Facebook e WhatsApp), chamada Threads, e foi confirmada pela empresa de segurança cibernética Kaspersky.
O aplicativo falso, supostamente destinado a smartphones, está sendo vendido por R$ 147. O site relacionado ao golpe ainda está ativo e exibe os logotipos da Play Store do Google e da App Store da Apple, na tentativa de conferir credibilidade à fraude.
Durante um período de 24 horas de monitoramento, a empresa encontrou mais de 200 links suspeitos na plataforma. Nesse contexto, estelionatários aproveitaram a expectativa em torno do lançamento da rede para atrair as pessoas para sites falsos, cujo objetivo era roubar dinheiro e informações pessoais. Esse tipo de golpe é conhecido como phishing, termo que faz referência ao ato de “pescar” informações sensíveis das vítimas.
Essa situação é semelhante ao que foi observado durante o lançamento do Pix, de acordo com Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina. Os criminosos utilizam diversos meios para atingir seus objetivos, sendo a obtenção de lucro uma das principais motivações por trás dessas ações.
“Os criminosos usam qualquer artifício para chegar ao seu objetivo e o mais comum é a monetização, ou seja, roubar as vítimas.”
É importante ressaltar que o Brasil ocupa a terceira posição no ranking global de consumo de redes sociais, conforme apontado pela consultoria de métricas de audiência Comscore. Diante dessa alta demanda e do amplo alcance dessas plataformas, é natural que os estelionatários encontrem uma oportunidade para explorar esse espaço e cometer fraudes.
Outro caso semelhante aconteceu com a Shein. Em abril, a varejista de roupas chinesa Shein identificou uma situação de fraude que era semelhante a essa. Nesse caso, pelo menos nove influenciadores foram responsáveis por promover um site falso que se passava pelo marketplace Shein, oferecendo uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil. No entanto, o verdadeiro objetivo desse site era coletar informações dos usuários para executar um golpe bancário.
Em outras palavras, os influenciadores estavam enganando as pessoas, levando-as a compartilhar dados pessoais e financeiros valiosos, que seriam posteriormente utilizados de maneira fraudulenta para realizar transações bancárias indevidas.