Por meio de comunicado ao mercado divulgado na noite desta terça-feira (25), a TIM Brasil anunciou a aprovação da alteração na emissão de debêntures simples que foi anunciada em 12 de julho. Segundo o informe, o valor de R$ 4,250 bilhões foi alterado para R$ 5 bilhões o montante a ser emitido no processo.
De acordo com a empresa, conforme as novas condições, esse montante será emitido sob o regime misto, sendo que R$ 4,25 bilhões correspondem a garantia firme de colocação de debêntures, e o restante (R$ 750 milhões) de melhores esforços de colocação para emissão de debêntures, podendo ser concluída mesmo em caso de distribuição parcial.
A remuneração prevista para os títulos de cinco anos segue sendo a taxa DI, acrescida exponencialmente de sobretaxa (spread) de 2,3%.
“Ficam mantidas todas as demais condições de Emissão das Debêntures, especialmente quanto a não inclusão da propriedade das ações da Companhia como garantia, observado que a Emissão contará com garantia real consistindo na: (i) Alienação fiduciária da totalidade dos dividendos, presentes e futuros, pagos pela TSA à Emissora; e (ii) Cessão fiduciária da conta vinculada por onde transitarão os dividendos da TSA para a Emissora”, diz a empresa no comunicado.
Os recursos líquidos que serão obtidos dessa emissão de debêntures serão usados no pagamento de dividendos dentro das atividades de refinanciamento da matriz Telecom Itália, que enfrenta desafios de endividamento no exterior. Destinada exclusivamente a investidores profissionais, a oferta de R$ 5 bilhões da TIM Brasil – que detém 67% do capital da TIM S.A – terá o UBS como coordenador líder e Bradesco, BTG Pactual e Caixa como demais coordenadores.
De acordo com o Estadão, o movimento da empresa italiana recorre a subsidiária no Brasil é curiosa, uma vez que normalmente, as multinacionais recorrem ao financiamento lá fora, onde os juros costumam ser mais baixos. Mas explica que financiar no brasil é mais atrativo, uma vez que o endividamento elevado da Telecom Italia faz com que os investidores de lá exijam uma remuneração maior para compensar o risco de um eventual calote.
Além disso, a operação brasileira é responsável por 44% do lucro operacional do grupo TIM (medido pelo Ebitda, que é o lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização), fazendo da subsidiária no Brasil ser importante para compor o fluxo de caixa da matrix via distribuição de dividendos. Por causa disso, foi descartada a hipótese de venda da TIM Brasil.