Delinquentes iniciaram a adoção de uma estratégia nova para subtrair informações de contas bancárias e de cartões de crédito das vítimas: a implementação de números de CPF autênticos visando conferir autenticidade ao ardil e persuadir indivíduos de forma imperceptível.
Os infratores obtêm os CPFs por meio de exposições de dados. Com isso, empregam os dados pessoais em comunicações via SMS aparentemente despachadas por centrais de atendimento 0800, um numeral corriqueiramente utilizado por instituições financeiras legítimas, de acordo com peritos da Kaspersky, uma organização global de segurança cibernética e resguardo eletrônico.
A aplicação do verdadeiro número de CPF da vítima em trapaças não é algo recém-surgido, entretanto, constitui a primordial ocasião em que especialistas da referida empresa atestam ter presenciado essa artimanha em engodos via SMS.
Como acontece esse crime
1. Recebimento da Mensagem SMS:
- A vítima recebe uma mensagem SMS em seu celular.
- A mensagem é enviada por um número curto, conhecido como short-code.
2. Conteúdo da Mensagem SMS:
- O texto da mensagem pode variar, podendo alegar uma suposta penhora ou informar sobre uma transação não autorizada pelo banco.
- Geralmente, o CPF da vítima é destacado na mensagem, criando um senso de urgência e preocupação.
- A mensagem instrui a vítima a entrar em contato com um número 0800 fornecido na mensagem.
3. Contato com o Número 0800:
- A vítima liga para o número 0800 indicado na mensagem.
- O criminoso, disfarçado de atendente ou funcionário do banco, atende a ligação.
4. Confirmação de Dados da Vítima:
- O criminoso solicita informações pessoais à vítima para “confirmar” sua identidade.
- Essas informações podem incluir nome completo, número da conta, agência bancária, etc.
- Essa etapa é crucial para dar uma aparência de legitimidade ao golpe.
5. Solicitação de Número do Cartão de Crédito:
- O golpista informa à vítima que os cartões da conta serão cancelados para evitar transações fraudulentas.
- A vítima é induzida a fornecer o número do cartão de crédito como parte do processo de “proteção” da conta.
6. Autenticação de Segurança Temporária:
- O criminoso pergunta se a vítima tem alguma autenticação de segurança temporária ativada, como um código de verificação por SMS.
- Se a vítima responder afirmativamente, o golpista solicita esse código de ativação, ganhando acesso à conta da vítima.
7. Solicitação de Informações Adicionais:
- Em algumas variações do golpe, o criminoso pode pedir informações adicionais, como data de nascimento, número do RG, endereço, etc.
- Esses detalhes são usados para perpetrar fraudes ainda mais sofisticadas.
8. Falsa Confirmação de Cartão Cancelado:
- O golpista pode alegar que o cartão foi “cancelado” com sucesso, criando um senso de alívio na vítima.
9. Pedido de Endereço para Retirada do Cartão Falso:
- Em casos mais elaborados do golpe, o criminoso pode insistir para que a vítima forneça um endereço para a “retirada” do cartão cancelado.
- Isso adiciona um toque de realismo ao golpe, uma vez que o endereço não foi mencionado na mensagem SMS original.
10. Consequências do Golpe:
- Com as informações obtidas, o golpista pode realizar transações fraudulentas, roubar dinheiro da conta bancária da vítima ou até mesmo usar os dados para outros tipos de fraudes.
Observação:
- É importante estar ciente desses métodos de golpe e nunca compartilhar informações pessoais ou financeiras por telefone, a menos que a identidade da outra parte seja confirmada de maneira segura. Sempre entre em contato direto com o banco ou instituição financeira por meios oficiais para verificar a autenticidade das solicitações.
Dicas de como não cair nesse golpe
Nunca siga as instruções de mensagens suspeitas, evite ligar para números duvidosos e nunca compartilhe seus dados em mensagens SMS, WhatsApp ou chamadas recebidas; em vez disso, use os canais oficiais de comunicação do seu banco, como o número no seu cartão ou o aplicativo oficial, e verifique informações diretamente digitando o site do banco na barra de URL do navegador para evitar golpes.