A Blue Marine Telecom, integrante do Zmax Blueship Group, grupo brasileiro com logística de navegação integrada a soluções avançadas desse tipo específico de engenharia, será a operadora responsável pela malha óptica submarina que chegará à Bacia de Campos, entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
O contrato foi assinado em junho, e inicialmente, a empresa deverá conectar 12 unidades de produção e produção de óleo e gás offshore na Bacia de Campos, sendo que existe a possibilidade de ser expandido para mais 11 plataformas.
O sistema na Bacia de Campos terá um cabo óptico submarino do tronco principal terá 442 km, com 12 Branching Units (BU) e três Passive Branching Units (PBU), estruturas que dizem respeito a unidades de ramificação, que somam cerca de 104 km de cabos de profundidade de até 2.500 metros, 14 km de cabos terrestres e topside, e 127 km de cabos umbilicais ligando as 12 unidades. Além dos cabos submarinos, a empreiteira também implantará toda a infraestrutura terrestre de suporte à rede.
A conclusão do projeto está previsto para 2025 e inclui ainda a construção de uma cable landing station (estação de onde partem/chegam os cabos em terra) em Anchieta, no ES, e a ampliação de outra, em Barra do Furado, no município de Quissamã, RJ.
Segundo a Petrobras, a empresa contratada também deverá fornecer os cabos e embarcações de instalação umbilical para a implantação offshore. As unidades offshore a serem conectadas pela rede submarina na bacia de Campos são: P-48, P-56, P-51, P-43, P-40, PRA-1, P-55, P-52, P-62, P-54, P-57 e P-58. A empreiteira deve seguir essa sequência para a implantação.
Essa malha óptica submersa, no entanto, não é a primeira em que o grupo atua. Atualmente, a empresa já atua na implantação de outra semelhante, na Bacia de Santos, com operações de instalação em andamento. A Zemax participou da licitação junto com outras três empresas: Prática Engenharia, Best Energy & Engineering, K2 Telecom e Multimídia.
As duas licitações foram realizadas depois que a Petrobras anunciou planos para ter redes privadas 4G e possivelmente 5G servindo 29 plataformas nas bacias de Campos e Santos até o final de 2024.
As antenas 5G serão implantadas pela Telefônica Brasil, mas conectadas a redes de fibra – por isso a Petrobras pretende concluir a implantação de uma rede de fibra de 1.600 km nas duas bacias até o final de 2023. Em paralelo a essa rede de fibra offshore, a Petrobras está vendendo sua rede de fibra onshore.