24/11/2024

Claro consegue vencer maior licitação federal de serviço de nuvem

Processo de licitação que a Claro conseguiu vencer ainda pode ser recorrido por outra companhia até os próximos dias.

A Claro saiu vitoriosa no processo de licitação realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a contratação de serviços de nuvem. Essa licitação é a maior já realizada por entidades governamentais federais para aquisição de serviços de nuvem pública. A competição também incluiu a participação da Extreme Digital Solutions, IPNet e Telefônica Brasil.

Claro

O objeto do edital é estabelecer a disponibilização de “Unidades de Serviços Técnicos de Intermediação para Nuvens Públicas” a fim de fornecer serviços de Tecnologia da Informação (TI) ao longo de um período inicial de 30 meses, com a possibilidade de prorrogação por até 60 meses.

Na primeira etapa da licitação, tanto a Claro quanto a Extreme Digital Solutions apresentaram propostas idênticas, correspondendo ao preço máximo sugerido pelas entidades envolvidas: R$ 286,66 milhões. A IPNet ofertou um valor de R$ 291,65 milhões. Por outro lado, a Telefônica Brasil apresentou uma proposta significativamente mais alta do que as demais, totalizando R$ 859,98 milhões.

À medida que as rodadas subsequentes da licitação avançaram, todas as empresas reduziram seus preços. A Telefônica apresentou sua menor oferta de R$ 253 milhões no décimo lance, em uma disputa que envolveu um total de 72 lances. Tanto a Claro quanto a Extreme Digital Solutions também continuaram diminuindo seus valores ao longo das rodadas.

Ao final do processo, a Claro apresentou uma proposta de R$ 166,80 milhões, o que representou uma redução de 41,8% em relação à oferta inicial. Por sua vez, a Extreme Digital Solutions reduziu sua proposta em 40,8%, chegando a um valor de R$ 169,57 milhões.

No documento de recurso, a EDS alega que a Claro não cumpriu adequadamente os requisitos técnicos estabelecidos pelas regras do leilão. Segundo a EDS, os certificados técnicos apresentados pela Claro não demonstram a execução de serviços ao longo de pelo menos 12 meses, correspondendo a um mínimo de 10% do valor anual estimado para o contrato em questão. Além disso, a EDS também questiona a situação fiscal e trabalhista da Claro, solicitando que a operadora seja desqualificada do processo.

A Claro tem prazo até o dia 24 para responder às alegações apresentadas no recurso da EDS. A decisão final do governo será anunciada em 31 de agosto, determinando quem será a empresa selecionada para a contratação.

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