O 5G tem avançado de forma célere no país, sendo implementado em mais cidades a cada dia, além da agilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em liberar a faixa de frequência de 3,5 GHz para que as operadoras possam ativar o sinal. Entretanto, para a Huawei, o foco da tecnologia não tem sido tanto o consumidor, mas o mercado B2B.
Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei, aponta a cobertura nas capitais com maior densidade de antenas, assim como o avanço do modelo, mostra a maturidade do mercado em relação à percepção sobre a importância da transformação digital para a economia brasileira. Ainda mais com a chegada do 6G chegando por volta de 2030.
Dessa forma, o foco não é totalmente o consumidor. “O atual momento mostra uma tendência já vista nos padrões anteriores de conectividade. Percebemos que as gerações ímpares estão mais voltadas para o B2B e as pares para o B2C”, refletiu.
“A conjuntura atual está orientada para a demanda crescente por redes de alta capacidade pelas empresas, necessárias para a automação dos modelos operacionais e a densificação de dispositivos de Internet das Coisas (IoT)”.
Para Lauria, esse é o momento de transformação digital para o setor industrial, os governos e as instituições, modificando seus modelos de produção, organização e prestação de serviços. O foco do 5G no mercado corporativo será fundamental para acelerar a criação de novas e inovadoras soluções para o consumidor final.
Entretanto, mesmo que esteja apresentando um cenário positivo e de avanço, ainda há desafios que precisam ser encarados e merecem atenção dos gestores públicos e das empresas que compõem o ecossistema de telecomunicações do País.
Por exemplo, a agricultura de precisão é um dos modelos de negócios que podem se beneficiar. “Assim como surgiram políticas públicas para o 5G, a Huawei acredita no esforço conjunto entre empresas e governos para estimular a conectividade no campo”, defende.
“Assim como o leilão do 5G, está na hora do governo elaborar políticas setoriais que garantam ao Brasil a manutenção da excelência no agronegócio e em outros setores. A Huawei quer ajudar nesse processo”, finalizou Carlos Lauria.