A AST SpaceMobile, fabricante de satélites de baixa órbita (LEO), anunciou que recebeu um aporte de US$ 155 milhões (aproximadamente R$ 763 milhões) da AT&T, Vodafone e Google. O investimento faz parte de uma estratégia das companhias para acelerar o lançamento comercial de uma rede móvel para conectar celular com satélite, tecnologia também chamada de direct to device (D2D).
A ideia é trabalhar para instalar uma constelação de baixa órbita capaz de viabilizar conexões diretas entre celular e banda larga via satélite. A empresa ainda informou que levantou outros US$ 51 milhões (R$ 253,5 milhões) contraídos de empréstimo que será também para o mesmo objetivo.
As operadoras Vodafone, que já investia na AST, e AT&T, que já cedeu espectro para testes do serviço, estão trabalhando juntos para viabilizar a conectividade espacial, além de já terem feito pedidos de equipamentos que suportem a futura operação.
A AST também informou que o Google deve colaborar com o desenvolvimento de produtos, incluindo testes de conectividade da rede SpaceMobile em dispositivos que executam o sistema operacional Android. “Este investimento significativo na AST SpaceMobile ressalta a confiança na tecnologia da empresa e na posição de liderança no mercado emergente de celular direto com o espaço, com potencial para oferecer conectividade aos atuais 5,5 bilhões de dispositivos celulares quando eles estiverem fora de cobertura”, afirmou em nota.
A AST SpaceMobile ja vem trabalhando com teste de conectividade entre celular e satélite, sendo que ano passado, fez um usando o satélite experimental BlueWalker 3. A empresa afirma que acordos com mais de 40 operadoras móveis interessas na D2D, como Vodafone, Rakuten, AT&T, Bell Canada, MTN Group, Milicom, Orange e Telefónica (dona da Vivo).
Na última quinta-feira (18), a AST, que é listada na Nasdaq, anunciou a venda no mercado de 32,2 milhões de ações, ao preço de US$ 3,10 (R$ 15,27). Ao todo, a fabricante deve captar aproximadamente R$ 100 milhões (R$ 492,5 milhões) com a operação, podendo chegar a US$ 115 milhões, caso o subscritor exerça o direito de compra de papéis adicionais.