A Mozilla está acusando o Google, Apple e Microsoft de práticas anticompetitivas, onde estão impedindo que navegadores independentes, como o Firefox, de ganharem destaque nas suas plataformas. Isto é, as empresas estão promovendo seus navegadores em seus sistemas operacionais, resultando na dificuldade de adoção de browsers de terceiros.
Para registrar sua insatisfação, a Mozilla lançou um portal chamado Plataform Tilt, um tipo de rastreador de problemas, onde usuários podem expor as tentativas dos sistemas operacionais beneficiarem seus navegadores nativos. Nele é possível ver como está essa desvantagem do Firefox nesses sistemas.
Em seu blog, a empresa expôs sua insatisfação, onde explica que a centralidade dos navegadores como a principal porta de ligação das pessoas à Internet aberta “cria um forte incentivo para que os intervenientes dominantes controlem o navegador que as pessoas utilizam. A maneira certa de conquistar usuários é construir um produto melhor, mas os atalhos podem ser irresistívei”.
“Há uma longa história de empresas que aproveitam seu controle de dispositivos e sistemas operacionais para inclinar o campo de jogo em favor de seu próprio navegador”, comenta.
Entre os métodos que o Mozilla afirma que as big tech praticam estão: dificultar que um usuário baixe e use um navegador que não seja o nativo do sistema, ignorar ou redefinir a preferência de navegador padrão de um usuário, restringir certos recursos ao navegador nativo ou exigir o uso do mecanismo de busca nativo para navegadores de terceiros.
A empresa traz um destaque para a Apple, informando que possui o maior número de problemas na sua visão, com dez reclamações listadas, contra três da Microsoft e do Google.
A indulgência da empresa surge em um momento em que a Apple, em especial, está na mira de mudanças a fim de promover a competitividade nos mercados em que participa. A big tech está enfrentando um escrutínio cada vez maior sobre supostas práticas antitrustes.
Em seu blog, a Mozilla finaliza dizendo que as pessoas merecem escolha, e a escolha exige a existência de alternativas viáveis. “As alternativas e a competição são boas para todos, mas só poderão florescer se o campo de jogo for justo. Não é de hoje, mas também não é difícil de consertar se os fornecedores da plataforma assim desejarem”.