O 5G está avançando no Brasil podendo ser encontrado não somente nas capitais e grandes centros urbanos, mas também em cidades interioranas. A ampliação na área de cobertura da quinta geração de redes móveis depende de fatores técnicos e legislatórios que devem ser cumpridos tanto pelas operadoras quanto pela gestão municipal. A Lei 14.424/2022, conhecida como “Lei das Antenas”, é uma das medidas que tem contribuído para o progresso dessa tecnologia no país, porém menos 8% dos municípios implementaram essa diretriz sancionada em 2022.
![Antena](https://www.minhaoperadora.com.br/wp-content/uploads/2023/11/antena-1.jpg)
Um levantamento feito pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa empresas do setor de telecomunicações, mostra que apenas 399 dos municípios brasileiros (7,16%) atualizaram as leis de antenas permitindo melhorias na infraestrutura do 5G.
A gestão municipal de capitais como Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Natal (RN) e Recife (PE) estão entre as que ainda não modificaram a legislação, apesar de terem o 5G operando em boa parte do território há bastante tempo, conforme previsto no edital aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A norma aprovada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro autoriza as operadoras a instalarem infraestrutura de telecomunicações em áreas urbanas, caso o órgão competente não se manifeste sobre o pedido em 60 dias. Isso facilita a instalação de equipamentos para operação do 5G pelas operadoras aumentando os investimentos.
Operadoras podem enfrentar problemas
Manter uma legislação desatualizada é um sério problemas para as prefeituras que buscam disponibilizar a quinta geração de redes móveis para a população, dificultando o trabalho das teles na instalação de infraestrutura especializada mesmo com a banda C desocupada pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi).
Apesar dos empecilhos enfrentados em algumas regiões, as teles conseguiram cumprir com o que foi determinado pelo órgão regulador e ir além do que foi estipulado. Atualmente, todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes possuem o 5G liberado.