Dados de um levantamento feito pela JustWatch, plataforma de busca de filmes e séries sob demanda, revelam que o mercado brasileiro de streaming é liderado pela Netflix. Os números mostram que o serviço norte-americano detém uma participação de mercado de 27%, enquanto o Prime Video, da Amazon, possui uma fatia equivalente a 18% do market share; Max aparece em 3º com 14%.
O Disney Plus aparece em quarto com 12%, seguido pelo Globoplay (10%), Star Plus (8%), Apple TV Plus (6%) e outros (5%). Desconsiderando essa última categoria genérica, a plataforma que aparece na lanterna é o da Maçã, que não conseguiu atrair tanto a atenção dos telespectadores se comparado com os demais concorrentes.
Mensalmente, o país registra um volume médio de 3,5 milhões de usuários ativos nos serviços de streaming, destacando a importância do setor. No ano passado, a Netflix somou um lucro líquido de US$ 1,48 bilhão no 2T23, com a receita ultrapassando US$ 8,18 bi entre abril e junho, alta de 2,7% em relação a 2022. Parte do montante é investido em novas produções, podendo justificar o sucesso tanto no Brasil quanto em outros países.
O Prime Video, que aparece em segundo, pode cair de posição nos próximos meses após a empresa anunciar um aumento de até 39% nas assinaturas. A partir de março, o valor cobrado dos usuários será R$ 19,90 — anteriormente, a mensalidade era de R$ 14,90.
Streaming tem poucas produções nacionais
O mercado de streaming no Brasil está cada vez mais competitivo, com mais de 60 plataformas de vídeo sob demanda disponíveis para o público nacional. No entanto, o conteúdo nacional representa apenas 9% do catálogo desses serviços, segundo um estudo da Ancine divulgado no mês passado.
O baixo percentual de conteúdo nacional no streaming contrasta com o cenário da TV paga tradicional, que tem mais de 17% de conteúdo nacional em seus canais. O Congresso Nacional tem projetos de lei em tramitação que visam regulamentar o streaming e estabelecer cotas de conteúdo nacional e regional para esses serviços.