23/11/2024

Vivo vai solicitar ao Banco Central para atuar como fintech de crédito

Segundo Ricardo Hobbs, o Vivo Pay vai unificar todos os produtos financeiros da companhia atualmente, como o Vivo Money.

Buscando expandir seus negócios para além dos serviços de telecomunicações, durante o Vivo Day, evento para investidores na manhã desta terça-feira (05), em São Paulo, no segmento financeiro, Ricardo Hobbs. vice-presidente de Estratégia e Novos Negócios da operadora, anunciou que vai lançar nos próximos meses o Vivo Pay.

Para isso, de acordo com Hobbs, a Vivo vai criar a marca e solicitar uma licença de SCD – Sociedade de Crédito Direto ao Banco Central. “Também vamos solicitar uma licença de SCD ao Banco Central para reduzir a base de custo para o cliente na parte financeira”, enfatizou.

O executivo ainda explicou que ‘Vivo Pay’, vai ser uma marca que irá unificar todos os produtos financeiros da companhia. Por exemplo, vai agregar o Vivo Money, que deixará, gradualmente de existir para ficar apenas a marca Vivo Pay. “Acreditamos que em um ano vamos conseguir nossa licença“. Hobbs também enfatiza que a Vivo passará a realizar serviços que hoje necessita de parceiros para isso, mas que não necessariamente esses parceiros deixarão de existir.

O CEO da companhia, Christian Gebara, afirma que a licença deve ser solicitada em cerca de 2 meses, mas depende da aprovação do BC que pode levar até 12 meses. A licença visa reduzir custos da parte de serviços financeiros, além de oferecer outros produtos, como PIX parcelado e adiantamento do FGTS.

Estamos preparando a documentação e os prazos são do Banco Central. Não é algo de curto prazo, isso pode demorar. Mas acredito que somos um candidato fácil para conseguir uma licença dessa natureza, pela robustez da empresa, pelas características da Vivo”, afirmou o CEO.

O negócio é uma estratégia da operadora para desenvolver mais serviços em outras áreas, assim como explica Christian Gebara. “Queremos desenvolver mais serviços em saúde, educação, finanças, no setor de energia também”. Em 2023, a parte de serviços financeiros da Vivo resultou em uma receita de R$ 100 milhões, com 55 mil contratações de créditos. “Temos muito por crescer ainda nessa área“, adiantou.

Dentro do leque de serviços financeiros, a Vivo também possui o seguro celular, que Hobbs, “Hoje, 1 em cada 5 smartphones vendidos nas lojas da Vivo já sai com seguro”. Além disso, há também o cartão Vivo em parceria com o banco Itaú, que já possui 240 mil clientes e 20% das vendas de smartphones já acontecem com cartões.

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