A venda da TIM Brasil volta novamente a ser citada como uma solução para a situação financeira do Grupo TIM, que está passando por uma reestruturação para reduzir a dívida da empresa e reorientar o grupo em torno de serviços. Nesta quarta-feira (20), a Merlyn Partners, uma das acionistas da Telecom Italia, disse que a empresa de telecomunicações deveria vender a unidade brasileira este ano como parte de uma reestruturação radical.
O fundo de investimento alternativo, com sede em Luxemburgo e que detém 0,53% da Telecom Italia, também sugeriu em um comunicado que o antigo monopólio telefônico da Itália deveria vender seu negócio de consumo com a meta de fechar esse negócio em 2025.
A Merlyn também propôs que o Grupo TIM deveria concluir “o mais rápido possível” a venda de sua rede fixa para a KKR, um negócio de 22 bilhões de euros, e esperançosamente, até este verão. A venda da rede é a peça central dos esforços do presidente-executivo da empresa, Pietro Labriola, para remodelar o grupo endividado.
A proposta apresentada pela Merlyn Partners foi elaborada pelo ex-vice-gerente geral da TIM Stefano Siragusa, que busca atrair outros investidores da TIM para apoiar a estratégia e apoiar sua nomeação para o cargo de CEO, de acordo com a agência Reuters.
Siragusa deixou a TIM no verão de 2022, após ter entrado em conflito sobre sua direção com o atual CEO Pietro Labriola, que busca um novo mandato como chefe em uma assembleia de acionistas no próximo mês. A Merlyn não indicou voto para a assembleia, mas afirmou que gostaria de ver rostos novos na companhia.
Os planos da Merlyn para a Telecom Itália são mais ambiciosos do que os de Labriola. Para o fundo de investimento, o Grupo TIM deveria deixar apenas o que chama de “TechCo”, uma empresa de tecnologia e infraestrutura que atende outras companhias e clientes governamentais.
“Temos uma lista de candidatos para integrar a diretoria com experiência internacional e setorial”, disse.