Em 2014, a Globo produziu e exibiu uma série inspirada na história de Marco Aurélio Borelli considerado um dos assaltantes mais perigosos do Brasil no início dos anos 2000. Intitulada de “A Teia”, a produção fazia menção a passagens da vida de Borelli no mundo do crime. Em caso que se arrastava desde 2015, a emissora foi condenada a pagar R$ 40 mil de indenização para Maria de Lourdes Carvalho Borelli.
Maria de Lourdes Carvalho Borelli é mãe do criminoso morto em 2017 e passou a ter diversos problemas, como ameaças de morte e ataques por conta da história da produção. Em janeiro de 2015, após a reprise especial da série, ela entrou com um processo contra a Globo, no qual pedia R$ 3 milhões por direito de imagem e dano moral irreversível, alegando que não autorizou que sua história e a do filho fossem contadas em uma obra televisiva.
Entre os argumentos estava que o Marco Aurélio Baroni (nome do personagem) citado na série tinha uma relação próxima com a mãe, além de terem acrescentado fatos que não aconteceram entre o criminoso e a mãe. Em primeira instância, a Justiça do Paraná negou o pedido.
Em segunda instância, a decisão foi reformada, e foi fixada uma indenização de R$ 40 mil. A Globo levou o caso ao STJ, que se arrastou por quase seis anos, sendo que em 2021, saiu a sentença que mantinha o valor da indenização. O caso foi encerrado oficialmente em janeiro deste ano pela Justiça do Paraná.
A série “A Teia” que desde a ação judicial, a Globo não reprisou mais a produção, não chega a se aprofundar no período em que Borelli foi preso, mas foi vendida pela emissora e especialmente pela RPC, afiliada da emissora no Paraná, como a “série que contaria a história de Marcelo Borelli“. Atualmente, a produção está disponível no Globoplay, o serviço de streaming da emissora.
Marco Aurélio Borelli foi preso em 2000, após uma força-tarefa de diversas polícias. Foi condenado a 172 anos de prisão, e morreu por complicações causadas pelo vírus HIV, que adquiriu na prisão após sofrer com a rejeição de outros presos devido a um caso de tortura de uma criança de 3 anos praticado por ele.